VIDA URBANA
158 poços já perfurados
Perfuração de poços continua em mais seis cidades da Paraíba, beneficiando 27.595 pessoas residentes na zona rural.
Publicado em 19/10/2012 às 6:00
Famílias da zona rural do interior paraibano vêm sofrendo esse ano por falta de chuvas, que prejudicou principalmente quem trabalha com a agricultura. Uma das medidas para amenizar a situação dessas pessoas é a construção dos poços artesianos.
Este ano, 158 poços já foram perfurados em comunidades rurais do Estado e a programação segue na próxima semana em mais seis municípios (Mamanguape, São João do Cariri, Parari, Nazarezinho, Cajazeiras e Catingueira), beneficiando 27.595 pessoas residentes em localidades da zona rural.
O baixo índice pluviométrico em várias cidades da Paraíba está refletindo no tempo seco e na falta de água. Uma das soluções são os poços que são perfurados em pequenas comunidades rurais e cada um atende em média a demanda de cinco ou mais famílias. Segundo o chefe da Divisão de Hidrogeologia e Sondagens da CDRM, Milton Mafra, a profundidade máxima desses poços, também chamados cacimbas no Nordeste, é de 50 metros, mas a média tem sido 35 metros.
A vida útil de um poço pode chegar a mais de 20 anos, de acordo com a vazão de 1.500 litros por hora. Em muitas localidades, como no Cariri, essa água dos poços serve para atender os rebanhos. No ano passado, foram perfurados apenas 26 poços artesianos. “Esse número foi baixo em comparação a esse ano porque passamos o primeiro semestre organizando a equipe e solicitando as máquinas para o trabalho, que só começou a partir de junho. Já em 2012 vamos ter um salto significativo de perfurações de poços, podendo chegar até 200”, informou Milton.
A estiagem e a escassez de água são os pré-requisitos para solicitar a perfuração de poços. Segundo Milton Mafra, as demandas podem surgir por meio do Projeto Cooperar e Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), em atendimento a pleitos de associações de comunidades rurais. O chefe da Divisão de Hidrogeologia e Sondagens da CDRM informou que a solicitação de poços também chega por meio de projetos apresentados nas plenárias do Orçamento Democrático Estadual (ODE).
Dos seis municípios que vão ser beneficiados com os poços artesianos na próxima semana, todos eles registraram chuvas abaixo da média este ano. Segundo a meteorologista Marle Bandeira, o município de Cajazeiras deveria ter atingido uma média de 822 milímetros (mm) de chuva, mas só registrou 720mm. Como Cajazeiras, outras cidades também não atingiram a média de chuvas. “Esse ano foi um ano seco, podendo ser comparado a 1998”, disse.
Outra maneira para amenizar os efeitos da estiagem é a abertura das comportas dos açudes da Paraíba. Do total de mananciais monitorados (121) diariamente pela Aesa, 26 estão com capacidade inferior a 20%, até essa semana, e cinco têm menos de 5%. (Especial para o JP)
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