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VIDA URBANA

160 famílias vão para abrigos

Famílias foram removidas de áreas de risco em João Pessoa; ocupação de conjunto habitacional deixou uma pessoa morta.

Publicado em 14/06/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 13:16


Cerca de 160 famílias foram removidas, ontem, de áreas de risco de João Pessoa, no segundo dia consecutivo de chuvas intensas. Nos primeiros 13 dias, o volume de chuva registrado na capital já ultrapassou a média esperada para todo o mês de junho, que é de 303 milímetros, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) do Estado. As comunidades do Timbó, no bairro dos Bancários, a Saturnino de Brito, em Jaguaribe, e São José (Manaíra) foram as mais atingidas, mas os transtornos se multiplicaram pela cidade.

Segundo a Defesa Civil Municipal, na Comunidade do Timbó, 100 famílias residem em pontos considerados críticos, destas, 40 tiveram a estrutura das casas comprometidas por conta das chuvas e foram removidas para abrigos em escolas da rede municipal, no final da tarde.

Os problemas teriam começado ainda durante a madrugada de ontem quando parte de uma barreira na comunidade deslizou, levando lama para o interior das residências próximas. Nem mesmo o muro de arrimo construído na base da barreira impediu o deslocamento da massa.

De acordo com o assessor de imprensa do Corpo de Bombeiros, major Marcelo Lins, a barreira do Timbó registrou pontos de instabilidade nas últimas 72 horas, período em que as chuvas ficaram mais intensas e constantes.

No início da manhã de ontem, quando a chuva ainda estava intensa vários imóveis foram interditados pela Defesa Civil, contudo muitos moradores insistiram em permanecer nas casas. Pelo menos 15 famílias invadiram um condomínio, ainda em construção, que será entregue aos moradores cadastrados. A dona de casa Rosilene Nascimento conta que teve a casa invadida pela lama na última quarta-feira e perdeu todos os móveis. “Minha casa tá toda rachada e não tenho condições de ficar lá com minhas duas filhas. Como não tenho para onde ir, tive que vir para cá”, lamentou.

Na invasão no condomínio da Prefeitura teria acontecido conflito entre os moradores e guardas municipais, que tentavam impedir que as famílias ocupassem os imóveis e chegaram a efetuar disparo de arma de fogo. Na tentativa de permanecer em uma das casas, José Ailton Liberato dos Santos, 28 anos, teria trocado tiros com guardas municipais. “A casa dele estava cheia de água, ele pegou a filha de três anos que está doente, e trouxe para cá. O guarda não conversou e ameaçou ele, depois atirou”, disse a sogra de José Ailton, Maria Helena Virgínio.

De acordo com policiais militares que estiveram no local, José Ailton teria fugido ao ver uma viatura da polícia. Na fuga, ao pular o muro de uma casa abandonada, a estrutura desabou e ele sofreu um choque elétrico em uma cerca improvisada sobre o muro. Ainda de acordo com os policiais, na cintura da vítima havia um revólver e dinheiro em um dos bolsos. Segundo o delegado Fábio Pontes, a perícia constatou que o homem não foi atingido por disparos de arma de fogo e teria morrido em decorrência do choque.

O secretário de Segurança Urbana e Cidadania da capital, Geraldo Amorim, também confirmou que o morador do Timbó não foi morto por disparo de arma de fogo. “Os peritos do Instituto de Polícia Científica confirmaram, através de laudo, que ele morreu eletrocutado”, afirmou. Amorim disse que o disparo efetuado por um guarda municipal não atingiu ninguém.

VEJA GALERIA DE FOTOS DAS CHUVAS EM JOÃO PESSOA

PMJP CRIA FORÇA-TAREFA PARA ATENDER FAMÍLIAS

A Prefeitura de João Pessoa (PMJP) criou, ontem, uma força-tarefa para amenizar os efeitos da chuva. O trabalho preventivo e emergencial envolveu Defesa Civil, secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes), de Saúde, de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Infraestrutura (Seinfra) entre outros. Eles visitaram áreas de risco e atenderam famílias atingidas pela chuva. Na comunidade do Timbó, as famílias que residem na área abaixo da barreira foram retiradas e encaminhadas para escolas municipais e durante todo o dia as demais residências da comunidade foram monitoradas.

A assessoria de comunicação da Sedes informou que acompanhou o trabalho de remoção das famílias da comunidade do Timbó e também a doação de alimentos e colchões oferecidos pela Prefeitura. Ainda de acordo com a assessoria, as famílias com as casas comprometidas serão deverão receber o auxílio moradia, cerca de R$200, enquanto os imóveis construídos na comunidade são finalizados. O secretário de Segurança Urbana e Cidadania, Geraldo Amorim, que participou das negociações com as famílias do Timbó que invadiram um condominio municipal informou que as casas serão concluídas em 40 dias.

Outros pontos com alagamentos e que causaram transtornos à população são as áreas próximas aos rios. No bairro São José, quem mora próximo a uma das margens do rio Jaguaribe está com os imóveis sendo monitorados por equipes da Defesa Civil. Com as chuvas de ontem, muitas famílias ficaram ilhadas e com os imóveis comprometidos. De acordo com o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Cícero Hermínio,120 famílias nesta situação foram encaminhadas para um abrigo.

AÇÕES DE LIMPEZA
Para evitar novas enchentes dos rios que cortam a capital paraibana, a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) intensificou ações de limpeza. O objetivo é remover a vegetação e demais resíduos que impedem o fluxo do rio. Os trabalhos foram reforçados no rio Jaguaribe, entre as comunidades São Rafael, no bairro do Castelo Branco, e São José, em Manaíra, além do rio do Cabedelo que se estende do bairro de Mangabeira à praia da Penha.
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De acordo com o superintendente da Emlur, Anselmo Castilho, a autarquia também apoiou ações da Defesa Civil Municipal.

“Colocamos máquinas retroescavadeira, pá mecânica e caminhões caçamba atendendo a demandas da Defesa Civil, principalmente na comunidade do Timbó”, explicou.

A Seinfra também realizou trabalhos de desobstrução e limpeza de galerias nos bairros do Varadouro, nas proximidades da Estação Ferroviária, Bancários, Jaguaribe e Centro. Cerca de 10 agentes foram deslocados para o Timbó para auxiliar na demolição das casas com estrutura comprometida.

TRANSTORNOS EM CAMPINA GRANDE

As chuvas das últimas 24 horas causaram transtornos em Campina Grande. Nas áreas consideradas de risco como Rosa Mística, Distrito dos Mecânicos, invasão próxima ao Ginásio Meninão, Vila dos Teimosos e Dinamérica III registraram pontos de alagamentos, além de muita lama. A previsão é que as chuvas continuem até a primeira semana de agosto segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa).

A Defesa Civil tem intensificado as fiscalizações nas áreas consideras mais críticas na cidade de acordo com o coordenador do órgão, Ruiter Sansão. “Campina Grande não corre risco de inundação, o que ocorre na cidade são pequenos pontos de alagamentos, mas que não apresentam grandes riscos à população, nós estamos em um trabalho intensivo de fiscalização”, disse.

Ainda segundo Ruiter, apenas três pontos da cidade apresentaram obstruções que foram consideradas regulares devido a localização: Novo Horizonte, Tambor e Avenida Almeida Barreto. Para Ruiter, o trabalho da comunidade em parceria com o a Defesa Civil é de extrema importância para evitar que acidentes graves aconteçam.

“Precisamos que a comunidade continue fiscalizando conosco. Em casos de risco a comunidade pode acionar a Defesa Civil através do 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193”, acrescentou Ruiter Sansão. (Colaborou Luzia Santos)

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Jornal da Paraíba

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