VIDA URBANA
35% da carne abatida em CG está estragada
Abate de animais e comercialização de carne em CG está sendo fiscalizado; município tem mais de 30 matadouros clandestinos.
Publicado em 10/08/2012 às 6:00
Mais de cinco mil animais bovinos foram abatidos, entre março e julho deste ano, no único matadouro legalizado de Campina Grande. Pelo menos 35% das peças de carne desses animais foram encontradas em péssimo estado, com doenças que poderiam prejudicar a saúde humana. O trabalho de inspeção está sendo realizado desde janeiro deste ano, através de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Agricultura e Gerência de Vigilância Sanitária (Gevisa). Pelo menos 30 matadouros clandestinos estão instalados na cidade, escondidos da fiscalização.
A fiscalização da carne é feita no único abatedouro registrado da cidade, através de veterinários inspecionistas que observam desde o descarregamento do gado adquirido até o seu manuseio, no momento do abate e corte da carne. Segundo o veterinário Salomão Anselmo Silva Filho, nem sempre o animal é rejeitado no todo, mas apenas nas partes que apresentam algum tipo de problema, como as patologias animais.
“Há casos em que toda a carcaça do animal tem que ser dispensada, pois não serve para o consumo humano. Muitas vezes esses problemas só são detectados com o abate e corte do animal. Existem várias patologias que podem prejudicar a saúde de quem consumir a carne, como a cisticercose, que a maioria das pessoas acredita só existir na carne de porco e isso é um engano. Uma vez com a doença, essa pessoa vai depender de medicamentos o resto da vida, porque não tem cura”, informou.
O veterinário esclareceu que a carne aprovada para o consumo passa a conter um carimbo comestível. “O que estamos providenciando é a possibilidade de oferecer carne de mais qualidade para o consumidor, mas ele também tem que ficar atento às advertências e procurar o alimento atestado”, contou.
Os consumidores também podem identificar a carne através de dois carimbos da Vigilância Sanitária, ao chegar aos estabelecimentos comerciais. Sem esses carimbos, a empresa pode ter os produtos apreendidos.
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