VIDA URBANA
38,4% dos atendidos na UPA são de outras cidades
Inaugurada em maio, UPA de Campina Grande já registra 38,4% de atendimentos à pacientes de outras cidades; número é considerado alto.
Publicado em 06/07/2012 às 6:00
Por falta de uma estrutura adequada na área da saúde, muitos moradores de municípios vizinhos procuram os serviços hospitalares de Campina Grande para se tratarem. A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Dr. Raimundo Maia de Oliveira, que abriu as portas em maio deste ano, já registrou um índice de 38,4%, somente de atendimentos a pessoas que residem em outras cidades. Apesar do pouco tempo de funcionamento, o local já contabiliza oito mil atendimentos de baixa e média complexidade.
O número de atendimentos surpreendeu o coordenador Municipal de Urgência, Antônio Henriques. “Campina Grande já é um centro de referência para municípios vizinhos, que na maioria das vezes não oferece estrutura alguma na área da saúde. As pessoas migram para as unidades daqui e são atendidas. Estamos constatando isso na UPA, mas em outras unidades como o Isea, por exemplo, o número de atendimentos de pessoas de outras localidades chega a ser de 70%”, disse ele. Segundo informou, dos oito mil atendimentos no local, 3.073 foram de pessoas de fora da cidade.
Ele explicou que na UPA são realizados atendimentos mais simples, como o de pessoas com falta de ar, dores abdominais, diarreia ou vômito e os casos mais complexos são encaminhados aos hospitais da cidade. “Cerca de 90% dos nossos pacientes estão classificados como 'verdes', ou seja, são pessoas que precisam de atendimentos simples e que podem esperar por mais tempo. Aqueles que chegam com problemas mais graves são encaminhados, através do Samu, para os hospitais mais complexos da cidade”, contou.
De acordo com o coordenador, a UPA de Campina Grande possui 20 leitos de observação para crianças e adultos, assim como uma estrutura para internação em períodos mais curtos. A estrutura da UPA também é composta por seis salas de exames, onde são realizados os atendimentos médicos e odontológicos, duas salas para classificação de risco, duas salas de urgência, depósito de macas, CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico), farmácia, salas para atendimento social, odontologia, sutura e curativos, gesso, raios x, aplicação de medicação e reidratação, eletrocardiografia, coleta, inalação coletiva, urgência e estabilização, higienização, esterilização e estocagem.
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