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VIDA URBANA

93% dos municípios paraibanos não possuem Delegacia da Mulher

Apenas 13 possuem locais especializados para vítimas de violência doméstica.

Publicado em 29/09/2019 às 7:00 | Atualizado em 30/09/2019 às 14:05


                                        
                                            93% dos municípios paraibanos não possuem Delegacia da Mulher
FOTO EDNALDO ARAUJO

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que  93% das cidades da Paraíba não possuem delegacias especializadas em atendimento à mulher (Deam). Os números fazem parte da Pesquisa de Informações Básicas Municipais e Estaduais (Munic), e foram divulgados na última quarta-feira (25).

Dos 223 municípios paraibanos, apenas 13 possuem Delegacia da Mulher. Nos últimos meses, foram apresentados 27 pedidos para a abertura de delegacias especializadas em atendimento à mulher. Entre os critérios de escolha, estavam o tamanho da população, que deveria ser estimado em 20 mil habitantes, e a existência de um potencial administrativo na região.

Os pedidos foram apresentados pela deputada Camila Toscano (PSB), e dez deles obtiveram a aprovação do Poder Legislativo, sendo eles nos municípios de Pombal, Monteiro, Mamanguape, Itabaiana, Itaporanga, Princesa Isabel, Solânea, Alagoa Grande, Araruna e Areia.

Para a presidente da Comissão da Mulher na Assembleia Legislativa (ALPB), deputada estadual Camila Toscano (PSB), a população paraibana precisa de maiores atuações no âmbito da prevenção à violência contra a mulher. “Precisamos de mais Delegacias da Mulher, carecemos atuar de forma preventiva para que não tenhamos mais nenhuma mulher a menos. As vitimas de violência devem ter portas abertas na hora de denunciar o agressor, para que esses casos não resultem em feminicídios”, comentou Camila.

Até agosto, 1.618 casos de violência doméstica foram registrados na Paraíba, e destes, 32 foram cometidos de forma violenta. No último dia 18, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou a Lei nº 11.340, que obriga o agressor de violência doméstica a ressarcir ao Sistema Único de Saúde (SUS) os custos médicos e hospitalares com o atendimento à vítima de suas agressões.

Imagem

Bruna Couto

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