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VIDA URBANA

962 terrenos baldios acumulam lixo

Levantamento foi feito pela Prefeitura de Campina Grande; terrenos particulares devem atender determinações e evitar acúmulo de lixo.

Publicado em 07/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 22/05/2023 às 12:41

Após fazer um levantamento ao longo do ano de 2013, a Secretaria de Serviços Urbanos de Campina Grande identificou que o município conta com 962 terrenos particulares que precisam atender algumas determinações para evitar o acúmulo de lixo. Como mais de 90% não são murados, segundo apontou Geraldo Nobre, gestor da pasta, a Secretaria irá iniciar esse ano um processo de notificação nos locais onde as áreas apresentem concentração de lixo, e posteriormente multar os proprietários.

De acordo com o secretário de Serviços Urbanos, as duas equipes designadas a percorrem a cidade para mapear os locais onde há concentração de lixo em áreas particulares constataram que os terrenos não são murados, e isso contribui para que muitas pessoas acabem despejando sacos e latas com lixo nesses pontos. De acordo com Geraldo Nobre, a primeira etapa de mapeamento foi concluída e que a medida em que a fiscalização for sendo feita, se as irregularidades continuarem acontecendo os donos poderão ser multados.

“A parte mais difícil foi localizar os proprietários dos terrenos, já que muitos não residem próximo a área que muitas vezes acaba se tornando um terreno baldio. Com esse mapeamento nós notificamos os donos para que ele possam atender as recomendações, que indicam a construção de um muro no local, limpeza periódica, entre outros, para evitar maiores problemas. Mas, caso isso não seja feito, nós poderemos autuá-los para que essa norma de controle do lixo seja cumprida na cidade”, disse Geraldo Nobre que apontou os bairros de Bodocongó, José Pinheiro, Mutirão e Rosa Mística como principais pontos de acúmulo de lixo em terrenos.

Essa metodologia de controle do lixo na cidade foi o que o secretário chamou de nova política de resíduos sólidos que Campina Grande irá adotar para dar um melhor destino para o lixo produzido na cidade.

Segundo ele, a média do que é coletado em Campina Grande entre lixo domiciliar e industrial já alcançou a produção de 500 toneladas por dia, sendo praticamente a metade para cada seguimento. O gestor ainda apontou que um estudo da secretaria indicou que a produção de lixo na cidade ficou em média de 260 quilos de resíduo por cada habitante.

“A produção de lixo é muito intensa. Temos uma variação de 2.140 toneladas e até 270 toneladas de lixo domiciliar por dia, quando juntamos o lixo industrial alcançamos uma marca elevada. Por isso queremos implantar uma nova gestão de resíduos sólidos com ações ambientais, visitas de técnicos às escolas para implementar esse tipo de educação. Esse é o primeiro passo para que em 10, 20 ou até 30 anos nós possamos colher os primeiros resultados, já que esta é uma caminhada longa”, disse.

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Jornal da Paraíba

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