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VIDA URBANA

'(...) a atuação destas mulheres em prol de suas comunidades é um exemplo e uma escola para a geração mais jovem'

Liderança feminina nas comunidades vai além da afirmação da identidade quilombola e motivações político-sociais.

Publicado em 20/11/2015 às 16:00

Em busca de melhorias para a comunidade quilombola que representa, Leonilda Tenório quase toda semana está em alguma reunião, seja com outros grupos, Ministério Público Estadual ou Federal, universidades e até mesmo em encontros nacionais promovidos em Brasília (DF). Essa representatividade demonstrada por Pakinha, como é conhecida na comunidade do Grilo (em Riachão do Bacamarte, no Agreste paraibano), não é tão atual e remonta desde a formação dos primeiros quilombos, segundo a antropóloga Ester Fortes.

Ela explica que a liderança feminina nas comunidades vai além da afirmação da identidade quilombola e motivações político-sociais, mas passam também pelo senso da coletividade.

“A liderança destas mulheres está baseada em fatores de ordem moral e pode também estar vinculada à questões de ordem econômica, mas quase sempre reflete um forte senso de coletividade, que se estende do grupo familiar mais próximo para os demais membros da comunidade. O que arrisco dizer, portanto, é que existe, em algumas comunidades, uma 'tradição' de lideranças femininas que apenas muda de configuração na medida em que muda o contexto social no qual a comunidade está inserida e com o qual necessita estabelecer diálogo”, explica a antropóloga.

A pesquisadora lembra ainda que o papel das mulheres nos quilombos também é, historicamente, multifuncional, uma vez que, na ausência dos companheiros (que partem para os centros urbanos a procura de trabalho), além dos afazeres domésticos, elas ficam responsáveis por tarefas externas, como a lida na roça, trato de animais e ainda a organização política da comunidade. Todos esses fatores, segundo Ester Fortes, são repassados às meninas das gerações futuras que reforçam essas lideranças e, consequentemente, a identidade dos grupos.

“Diante de tais circunstâncias, as mulheres vão desenvolver suas potencialidades e ampliar suas alternativas de trabalho. Levemos em conta também o fato de que as meninas são treinadas desde muito pequenas a exercer uma gama muito variada de atividades e de funções, tanto no ambiente doméstico como fora dele. Não tenho dúvidas de que a atuação destas mulheres em prol de suas comunidades é um exemplo e uma escola para a geração mais jovem”, reforça.

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Jornal da Paraíba

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