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VIDA URBANA

A Campina Grande que os moradores desejam

Campina Grande, a Rainha da Borborema, completa hoje 149 anos de existência com uma população de mais de 400 mil pessoas.

Publicado em 11/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 17/04/2023 às 17:51

Campina Grande, a Rainha da Borborema, completa hoje 149 anos de existência com uma população de mais de 400 mil pessoas. E foi junto à população que o JORNAL DA PARAÍBA encontrou as expectativas para o futuro da cidade. A Campina que temos e a Campina que queremos ainda não coincidem.

Conhecida pela formação de profissionais na área da tecnologia, com instituições de Ensino Superior consideradas de alto padrão; pelo Maior São João do Mundo e Festival de Inverno; por possuir o segundo maior hospital de traumatologia das regiões Norte e Nordeste do país; é o povo que diz que precisa de mais unidades de saúde e médicos; de mais segurança nas ruas; de investimento e abertura para instalação de mais empresas na cidade e de mais espaços de lazer e cultura. Os campinenses amam sua terra e desejam que ela se desenvolva com qualidade de vida. A Campina que eles querem é a Campina que seja reconhecida pelo cuidado com a sua população.

Hoje a Rainha da Borborema já é a cidade dos sonhos quando se trata de formação de profissionais qualificados na área de tecnologia. Dois cursos no ramo, Engenharia Elétrica e Computação, ambos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), possuem conceito 5, considerados excelentes pelo Ministério da Educação (MEC). Contudo, na contramão da qualificação profissional, o mercado de trabalho ainda não oferece as condições ideais para atrair os especialistas e desenvolver um polo referência em empregabilidade no setor de tecnologia.

Uma cidade inovadora na formação de mão de obra, ponto inicial para a educação de futuros “experts”, que acabam saindo da cidade logo após sua formação, por falta de grandes oportunidades. Ainda é maioria o número de estudantes que são contratados por empresas de fora da cidade, atraídos por serviços mais complexos e que oferecem mais condições financeiras. Alguns são contratados por empresas de estados vizinhos, como Pernambuco, ou chegam mais longe, indo para a região Sudeste, outros países como os Estados Unidos, e até outros continentes, como a Ásia. Os que ficam encontram chances dentro do setor de pesquisa, na própria universidade onde se formaram.

Esse é o caso do analista em Computação Fernando Fagundes. Do Espírito Santo, ele encontrou na cidade uma boa oportunidade de emprego, dentro da UFCG. “Inicialmente eu fui embora, mas recebi uma proposta e retornei. O mercado de trabalho aqui agora que está começando a abrir oportunidades, porque as empresas estão percebendo que a cidade com certeza irá se tornar uma referência nos próximos anos na produção de tecnologia”, disse.

O estudante de Engenharia Elétrica João Rubens Alves, 22 anos, também pretende ficar na cidade. Ele está retornando para Campina Grande, depois de um ano de intercâmbio na França.

“Conversei com engenheiros já formados, que me disseram que para conseguir um estágio ou emprego depois de um intercâmbio é bem mais fácil. Também posso exigir uma proposta salarial maior. Quero uma oportunidade de emprego em Campina, porque também quero tentar um mestrado, mas sei que o mercado de trabalho na minha área é um pouco difícil. Eu quero e espero que a cidade desenvolva o setor e possa empregar seus próprios profissionais e quem sabe atrair pessoas de outros lugares”, afirmou o universitário.

Dentro deste setor existem cursos de Computação e Engenharia Elétrica na UFCG, assim como Licenciatura em Computação, pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e ainda curso técnico em Informática, pelo Instituto Federal da Paraíba (IFPB).

Segundo o coordenador do curso de Engenharia Elétrica, Damásio Fernandes Júnior, os alunos consideram que Campina é uma cidade que produz muitos conhecimentos em termos de tecnologia e inovação. “Eles têm a convicção de que recebem uma base teórica e experimental sólida nas áreas, o que lhes permite uma atuação de destaque em estágios e no mercado de trabalho. Uma prova disso é a presença forte de engenheiros eletricistas formados na cidade, em empresas que atuam nas áreas de Controle e Automação, Eletrônica, Eletrotécnica e Telecomunicações em todas as regiões do país”, constatou.

Conforme o coordenador do curso de Computação, também da UFCG, Tiago Massoni, há uma questão econômica que deve ser considerada. De acordo com ele, grandes centros normalmente atraem pessoas qualificadas em tecnologia, pela abundância de recursos e empresas dispostas a contar com estes profissionais.

“A nossa região, apesar dos incentivos governamentais, ainda não conta com investimentos de grandes empresas e um mercado consumidor modesto para serviços de Tecnologia da Informação. Mesmo assim, percebe-se um aumento recente de empreendedores dispostos a investir na região, com grande capacidade de trabalho, qualificados com a formação que recebem aqui na universidade”, acrescentou.

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Jornal da Paraíba

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