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VIDA URBANA

A difícil luta diária enfrentada pelos deficientes visuais na Paraíba

 Eles criticam a falta de acessibilidade nas ruas e de um sistema sonoro que facilite a comunicação das pessoas.  

Publicado em 03/01/2016 às 8:00

Sair de casa para realizar as tarefas simples, como ir ao supermercado ou fazer um passeio, por exemplo, requer poucas habilidades, mas para quem possui deficiência visual tudo pode ser um obstáculo e o desempenho de atividades como essas se transforma em um grande desafio. Isso porque, além de lidarem com as suas limitações, os deficientes visuais esbarram na falta de acessibilidade das ruas e de outros locais públicos que ainda não estão adaptados para atender as suas necessidades, problema que de uma forma ou de outra acaba fazendo parte da realidade de mais de 800 mil paraibanos com esse tipo de deficiência.

Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nessa estatística está Maria do Socorro Bispo, 56 anos. Ela perdeu a visão do olho direito após um deslocamento de retina que aconteceu há cerca de 24 anos e hoje enxerga com apenas 25% da visão do olho esquerdo. Com o baixo índice de alcance visual, Maria do Socorro, que mora no bairro Presidente Médici, em Campina Grande, relata as atribulações que enfrenta diariamente para conseguir se locomover com segurança na cidade. “Eu tropeço nas calçadas e acabo tendo que andar na rua correndo o risco de ser atropelada”, comentou.

Maria do Socorro, que é usuária, do transporte público não consegue enxergar o número dos ônibus e chega a pegar a condução errada. Em locais como a integração, aeroportos, bancos e estabelecimentos comerciais, por exemplo, a falta de placas com as letras ampliadas ou até mesmo um sistema sonoro que facilite a comunicação das pessoas com deficiência visual acaba atrapalhando a vida dela. “Eu tenho dificuldade em tudo o que eu faço”, relatou.

Dentro das suas limitações ela se esforça para levar uma vida normal, atuando como secretária em instituições voltadas para pessoa com deficiência e na militância de questões relacionadas aos direitos desse público. Agora ela está escrevendo um livro que fala sobre as dificuldades que enfrentou ao longo da sua vida, previsto para ser lançado em 2017, e estudando para ingressar na universidade no curso de Serviço Social.

Para incentivar as pessoas que estão em uma condição similar a de Maria do Socorro a lutarem pelos seus direitos, existe o Instituto Paraibano de Apoio a Pessoa com Deficiência. De acordo com o presidente, Charlles Juliann, são quase 100 usuários no instituto, que funciona no bairro do Catolé, em Campina Grande, e eles são instruídos a irem atrás dos seus direitos. (Especial para o JP)

Melhorias em CG com plano de mobilidade

Diante das dificuldades apresentadas pelas pessoas com deficiência, o Plano Diretor de Mobilidade Urbana do Município de Campina Grande (PlanMob-CG) se lança como uma alternativa capaz melhorar a qualidade de vida de quem possui não apenas a deficiência visual como também qualquer outro tipo de deficiência. A afirmação está de acordo com a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), que objetiva amenizar as dificuldades de locomoção das pessoas com necessidades especiais na cidade.

“Dentro do Plano de Mobilidade nós objetivamos atender as necessidades não somente de quem é deficiente visual, como também de todas as deficiências, sejam elas auditivas, de locomoção ou qualquer outro tipo. As ações serão implantadas para atender a cada uma dessas pessoas com o intuito de melhorar as questões ligadas à acessibilidade delas, tanto nas ruas com a padronização das calçadas como também nos transportes públicos e terminais de integração”, destacou a gerente de transportes da STTP, Araci Brasil.

De acordo com o Plano de Mobilidade, as calçadas não poderão ser feitas com um piso que derrape e sem degraus para que os deficientes e as pessoas com capacidade de locomoção reduzida trafeguem com mais segurança. Já com relação à acessibilidade nos transportes públicos, o plano estabelece que todos os veículos tenham equipamentos de acessibilidade, segundo a STTP, e a meta do órgão é atender a essa determinações o quanto antes.

O plano foi aprovado pela Câmara de vereadores de Campina Grande e é de autoria do Poder Executivo, fruto de um esforço conjunto de técnicos das Secretarias de Planejamento, de Obras, de Serviços Urbanos e da STTP, em parceria com a Procuradoria Geral do Município. Ele propõe uma série de intervenções para minimizar os problemas de mobilidade por meio da humanização das áreas públicas em até 20 anos, que é o prazo dado ao município para que ele se adeque à Política Nacional De Mobilidade Urbana.

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Jornal da Paraíba

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