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VIDA URBANA

'A leitura sem dúvida amplia horizontes e as visões de mundo'

Empenho foi o que bastou para que Valeska Asfora colocasse em prática um sonho que mudaria a vida de muitas pessoas.

Publicado em 02/08/2015 às 14:00

Assim como Bruno, a assistente social Valeska Asfora, de 47 anos, também viu a necessidade de difundir o hábito da leitura na capital, só que em grande escala. Ela, que coordena a ONG Porta do Sol, resolveu, depois de ter sido contemplada com o prêmio 'Leitura para todos: projetos sociais de leitura', desenvolvido pelo Ministério da Cultura, pôr em prática, ao lado do amigo André Aguiar, o projeto 'Leitura Livre'.

“O nome já diz tudo. Colocamos uma estante cheia de livros em um local de grande circulação, que tenha preferencialmente um público sem condições de adquirir um, e deixamos para que as pessoas tomem conta dela”, explicou Valeska, complementando que a primeira foi montada no início de abril no shopping Tambiá e que a segunda foi instalada no dia 2 de junho na sede da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), no Varadouro.

Conforme a assistente social, a resposta das pessoas surpreendeu os envolvidos e serviu de incentivo para que as ações fossem ampliadas. “A gente tem todo um trabalho de monitoramento, de avaliação, e foi tudo muito positivo. Quando a gente repõe os livros, não demora mais de meia-hora para que levem – a gente achava que demoraria mais de uma semana, até porque as pessoas não costumam se interessar por livros”, ressaltou, frisando que alguns ainda fazem questão de deixar os próprios livros ou de devolver os que pegaram, depois de lê-los.

Romances, autoajudas e livros técnicos de administração: para Valeska, os gêneros que compõem majoritariamente as estantes do projeto são o de menos, já que o conhecimento adquirido pelo leitor é o que mais importa. “A leitura sem dúvida amplia horizontes e as visões de mundo. É uma utopia achar que a pessoa formada como leitor irá transformar o mundo, mas sem dúvidas a leitura pode transformar o ser humano e trazer à tona capacidades que a gente nem reconhece”, finalizou.

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Jornal da Paraíba

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