VIDA URBANA
Quase 1,4 mil pessoas morreram de Aids em dez anos
O Ministério da Saúde lançou uma campanha para prevenir a doença nesta sexta.
Publicado em 29/11/2019 às 16:29 | Atualizado em 29/11/2019 às 17:06
Nos últimos cincos anos, 840 pessoas morreram na Paraíba em decorrência da Aids. Entre 2008 e 2018, o número de óbitos no estado, tendo como causa básica a doença, sobe para 1.390 casos. Os números fazem parte do Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2019, divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Ministério da Saúde durante o lançamento da Campanha de Prevenção ao HIV/Aids, em comemoração ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado no dia 1º de dezembro.
O foco é incentivar pessoas que não se preveniram em algum momento da vida a procurar uma unidade de saúde e realizar o teste rápido. Com o tratamento adequado, explica o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o vírus HIV fica indetectável, ou seja, não pode ser transmitido por relação sexual, e a pessoa não irá desenvolver aids.
Em 2018, 43,9 mil casos novos de HIV foram registrados no país, sendo 521 novos casos na Paraíba. Este ano, o número de casos de HIV notificados no sistema do governo federal já chega a 219.
A notificação para infecção pelo HIV passou a ser obrigatória em 2014, assim como o tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independente do comprometimento imunológico. Naquele ano foram registrados 199 casos, o menor destes seis anos em que há o monitoramento, em que o total chegou a 2.036.
“Conseguimos progredir ao longo dos anos no combate ao HIV e à aids, mas ainda temos muito a fazer com compromisso de avançar no programa de prevenção e, no próximo ano, faremos ações específicas porque precisamos integrar as pessoas nessa luta”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde no Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.
Camisinha
O Ministério da Saúde tem ampliado as possibilidades de prevenção ao HIV/AIDS. Até dezembro deste ano, a previsão é distribuir 462 milhões de preservativos masculinos em todo o país, o que representa aumento de 38% em relação ao ano passado, quando foram distribuídos 333,7 milhões de unidades. O número de preservativos femininos distribuídos pode chegar a 7,3 milhões de unidades, aumento ainda mais significativo em relação ao ano passado, 351,5% (1,6 milhões). Ainda em 2019, está prevista a finalização da entrega de 12,1 milhões de testes rápidos de HIV, fundamentais para o diagnóstico e futuro tratamento das pessoas infectadas.
Atendimento local
A Paraíba conta com aproximadamente 90% das Unidades de Saúde da Família aptas a realizar a testagem rápida para HIV, Sífilis e Hepatites. Após o diagnóstico, o paciente é encaminhado para realizar os protocolos de controle da IST. Em João Pessoa, o Complexo Hospitalar Clementino Fraga é referência para o tratamento destas doenças.
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