VIDA URBANA
Ação do tempo destrói escola
Fechada desde o ano passado a espera de reformas, Escola de Audiocomunicação está sendo depredada e servindo de refúgio para vândalos.
Publicado em 20/07/2012 às 6:00
Dentro da Escola de Audiocomunicação, no bairro do Catolé, em Campina Grande, só restou uma estrutura defasada e consumida pela ação do tempo. Além da destruição natural pela falta de manutenção, vândalos depredam o local, roubando o que ainda pode ser revendido.
A primeira impressão de quem vê a escola hoje em dia é de um local abandonado e, por isso, um espaço que está sendo utilizado para o esconderijo de usuários de drogas, que acabam destruindo o patrimônio público em busca do que restou da estrutura para vender. A frente da escola está tomada por mato, o que possibilita que os vândalos se escondam, logo se sintam ameaçados. Vendedores ambulantes que trabalham nas proximidades da escola informaram que se sentem intimidados pelos invasores do local e contaram que a estrutura já foi quase que completamente destruída. Dentro da escola, mais da metade do telhado já foi arrancada, além de portas, janelas e até vidros.
Com as chuvas, formaram-se grandes poças de água, que, paradas por muitos dias, podem acabar se transformando em focos de doenças.
Um dos vendedores, que não quis se identificar por medo de alguma reação dos vândalos, contou que o local pode ser até uma ameaça para a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) da cidade, localizada em frente ao prédio de Audiocomunicação. “São uns quatro homens e umas duas mulheres. Enquanto eles roubam a escola, elas ficam escondidas no mato observando se não vem ninguém. A polícia já esteve aqui, mas não resolveu muito, porque eles acabam fugindo”, contou.
LICITAÇÃO
A 3ª Região de Ensino da Secretaria Estadual de Educação informou que já está providenciando seguranças para o local e na próxima semana deverá ser iniciado um processo licitatório para a reforma da escola. Segundo a coordenadora da 3ª Região de Ensino, núcleo de Campina Grande, Terezinha Silva, a coordenação já teve conhecimento do vandalismo e já conseguiu recuperar parte do telhado furtado. Ela informou que seriam necessários, no mínimo, dois seguranças para os três turnos, já que muitas vezes os invasores estão armados. “Já estamos tomando essas providências. Atualmente não existe nenhuma segurança no local, mas já temos equipes estudando a situação”, contou.
A coordenadora também informou que a Secretaria Estadual de Educação e a Superintendência de Obras (Suplan) já estão providenciando um processo de licitação para a reforma da escola. “Só depois disso vamos saber quanto será gasto com a reforma do local”, disse. A escola está fechada desde o ano passado à espera da reforma. Cerca de 260 alunos foram transferidos de uma casa improvisada para o Colégio Cacildiva, no bairro da Liberdade, em meados de maio deste ano. A coordenadora informou que a escola temporária oferece toda a estrutura para o aprendizado dos alunos.
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