VIDA URBANA
Acervo do Museu Luiz Gonzaga pode virar patrimônio da UFCG
Museu foi fechado em janeiro do ano passado e guarda 100.500 discos do cantor e compositor e de outros que o homenagearam.
Publicado em 02/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 15:20
O acervo do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga, que hoje está desativado em Campina Grande e que era o único do tipo no Brasil, poderá se tornar patrimônio da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que está elaborando um documento para tentar salvar parte da história do artista.
O museu, que foi fechado em janeiro do ano passado, guarda 100.500 discos do cantor e compositor e de outros que o homenagearam. Se for adquirido, o acervo poderá fazer parte de um espaço, às margens do Açude Velho, onde deverão funcionar projetos de extensão da universidade.
O museu, que permaneceu ativo por 20 anos na Rua Costa e Silva, no bairro do Jardim Quarenta, não conseguiu sobreviver à falta de apoio e acabou sendo desativado por seu proprietário, José Nunes Medeiros, que está tentando fechar parcerias para que a obra não seja perdida ou acabe sendo adquirida por alguma instituição ou organismo de outra cidade ou Estado.
“Infelizmente o espaço do museu não era o ideal para abrir o acervo para os visitantes e nem possuía a estrutura necessária para manter as obras em bom estado. Algumas instituições e órgãos me procuraram e continuam procurando para realizar parcerias. Acredito que uma das mais viáveis seja a da UFCG”, disse.
Ele explicou que não tem ideia do valor, em dinheiro, do acervo, e que para tanto seria necessário uma análise minuciosa de especialistas, mas que para mantê-lo o custo não é tão alto.
“Seriam gastos entre R$ 2 mil a R$ 3 mil por mês, mas o que eu acho mais interessante é que ele seja cuidado por pessoas conhecedoras e que sejam capazes de divulgar o acervo, como seria o caso da UFCG, que possui especialistas em Arte e Mídia, História, Comunicação Social, enfim, que saberão cuidar muito bem das obras”, contou.
Segundo o assessor da Pró-Reitoria de Extensão da universidade, que está à frente do documento que está sendo elaborado para obter o acervo, Carlos Alan Peres, quando finalizado, ele deverá ser apresentado à assessoria jurídica e reitora da instituição, que analisarão as reais possibilidades de adquiri-lo.
“Ainda estamos na ideia de fazer a incorporação desse arquivo, mas não há nada oficial por enquanto. No documento que estamos produzindo, vamos justificar a importância do acervo tanto para a universidade quanto para a cidade, explicando também o que podemos perder se as obras acabarem saindo do município, principalmente porque de certa forma o acervo já faz parte do patrimônio cultural de Campina Grande. Na UFCG nós poderíamos usá-lo também para os projetos de extensão e produção cultural”, informou.
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