VIDA URBANA
Acesso a trilhas na falésia do Cabo Branco será interditado
Durante a fase de implantação das obras, a área de intervenção será isolada e o acesso da população às trilhas no topo da falésia será impedido.
Publicado em 10/11/2011 às 8:00
O relatório de impacto ambiental para a contenção do processo de erosão na falésia do Cabo Branco e praia do Seixas, em João Pessoa, prevê a construção de quebra-mares para o controle da erosão e isolamento temporário da área para o acesso de banhistas. De acordo com informações da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam), os técnicos esperam a liberação da verba para a execução das obras, que deve ser concluída em nove meses.
De acordo com os estudos realizados pelos técnicos da Semam, durante a fase de implantação das obras, a área de intervenção será isolada e o acesso da população às trilhas no topo da falésia será impedido. Segundo William Guimarães, um dos profissionais responsáveis pelo estudo, o isolamento da área é necessário porque o projeto também visa a recuperação da vegetação do local. “Essa interdição será temporária, e assim que as obras forem concluídas a área volta a ser liberada”, disse o geógrafo.
Uma das ações de combate à erosão, segundo o relatório, é a construção de dois quebra-mares, que é uma barreira submersa de contenção, que diminui a energia do impacto das ondas sobre a rocha. De acordo com William, esse sistema será construído na praia do Seixas e nas imediações da praça de Iemanjá, que são as áreas mais afetadas pela erosão.
O próprio relatório aponta ainda que a construção desses sistemas pode causar alteração na circulação da água e sobre o meio biótico. Segundo o professor do curso de ecologia da UFPB Leonardo Figueiredo, a construção de quebra-mares pode provocar alterações no ecossistema marinho e até provocar outros processos erosivos em outras áreas da costa litorânea próximas à obra.
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