Acompanhante de paciente agride médico em UPA de João Pessoa

Um usuário da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oceania, no bairro de Manaíra, em João Pessoa, atacou o médico que estava de plantão na noite de segunda-feira (29). De acordo com informações de funcionários da unidade, o rapaz chegou ao local acompanhado da tia, que estava passando mal.

Segundo testemunhas, o homem estava nervoso e queria que a tia fosse atendida na frente dos outros pacientes. A mulher passou por um processo de triagem e, como o caso não foi considerado de gravidade, foi encaminhada para aguardar atendimento.

Conforme o médico que foi agredido, o paciente havia sido avisado que a tia dele era a próxima na fila de atendimento. "Pedi que tivesse paciência, porque eu estava no meio de outra consulta. Ele saiu, mas 30 segundos depois voltou arrombando a porta", conta. "A paciente que estava na vez se assustou e saiu do consultório.

Visto isso, mesmo sendo agredido verbalmente, optei por examinar a paciente que ele acompanhava", diz.

Segundo o médico, ele providenciou uma cadeira de rodas para que a idosa pudesse ser transferida para outra sala. "Nesse momento, como ele ainda não havia parado de falar e se demonstrava muito nervoso, falei que ia chamar a polícia, e ele me deu um chute nas costas. Não reagi e levei a paciente e lhe dei suporte", conta o médico.

A polícia foi chamada, mas o homem fugiu da UPA após as agressões, deixando a tia no local. Antes de fugir, o agressor disse que o atendimento estava demorando e que o médico estava descansando, o que foi contestado pela equipe da UPA. O atendimento no local não foi alterado e continuava funcionando normalmente na manhã desta terça-feira (30).

Em nota, a Prefeitura de João Pessoa informou que a paciente deu entrada na unidade por volta das 22h15 e que ela passou pelo procedimento padrão de atendimento. "Os serviços da rede municipal de saúde seguem o protocolo de urgências e emergência de acolhimento, com triagem classificatória de risco, que visa avaliar e identificar os pacientes que necessitam de atendimento prioritário, de acordo com a gravidade clínica, potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. Ou seja, trata-se da priorização do atendimento após uma complexa avaliação do paciente, realizada por um profissional devidamente capacitado, do ponto de vista técnico e científico", informa a nota.