VIDA URBANA
Acusado de ajudar em chacina de família paraibana em Pioz não tem doença mental
Segundo investigação, Marvin Henriques deu dicas a Patrick Nogueira.
Publicado em 28/11/2018 às 15:28 | Atualizado em 28/11/2018 às 18:57
Acusado de ser cúmplice na chacina da família paraibana em Pioz, na Espanha, Marvin Henriques Correia não tem nenhum tipo de doença mental. A contestação é de um laudo psiquiátrico que foi anexado, no dia 21 de novembro, ao processo que tramita na Justiça da Paraíba. Marvin é acusado de dar dicas e incentivar François Patrick Nogueira Gouveia, condenado a prisão perpetua pela morte dos tios e dos primos pequenos no dia 15 de novembro. O crime aconteceu em 2016.
Marvin Correia foi submetido ao exame psiquiátrico no Complexo Judicial Juliano Moreira, em João Pessoa em junho deste ano, após determinação da juíza Francilucy Rejane de Sousa Mota em atendimento ao pedido feito pelo Ministério Público da Paraíba. O acusado compareceu ao complexo acompanhado do pai, Percival Henriques, do advogado dele e do médico psiquiatra particular. O laudo foi remetido à Justiça no dia 14 de novembro.
Segundo o laudo, Marvin estava choroso e dizia sentir culpa pelo erro cometido. “Na investigação foi solicitado o exame de estado mental do acusado, portanto, foi realizado o exame do estado mental atual do mesmo. Ele se encontrava consciente, orientado, humor estável, afeto preservado, risos constantes pueris, que é diferente do riso manipulador e conquistador do portador do Transtorno de Personalidade Antissocial (conhecido como psicopata, no senso comum)”, diz o documento.
Ao portal G1, o pai de Marvin, Percival Henriques, disse que a defesa ainda não teve acesso ao laudo. Além do processo por participação em homicídio qualificado, Marvin Henriques Correia responde a um outro por estupro de vulnerável, quando estava em liberdade condicional em João Pessoa.
Segundo a investigação, Marvin Henriques Correia deu dicas a Patrick durante a chacina, através do WhatsApp. Ele chegou a ser preso, mas está respondendo em liberdade, desde que sua prisão foi revogada .
Para Walfran Campos Nogueira, tio de Patrick Nogueira e parente das vítimas da chacina, com o laudo, a Justiça da Paraíba deve apreciar um recurso que pede a revogação da prisão preventiva de Marvin.
Condenação de Patrick
François Patrick Nogueira Gouveia, assassino confesso dos tios e de dois primos pequenos na chacina de Pioz foi triplamente condenado a prisão permanente revisável, que funciona como uma prisão perpétua na Espanha, e mais 25 anos de prisão. A sentença foi anunciada no dia 15 de novembro.
A tripla condenação a prisão permanente revisável se deu pelo assassinato do seu tio Marcos Campos Nogueira e dos dois primos de 1 e 4 anos. Já pelo assassinato de Janaína Santos Américo, esposa do tio de Patrick, a condenação foi de 25 anos de prisão.
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