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VIDA URBANA

Acusado de tentar matar delegado é condenado a 13 anos de prisão

Defesa de Ivamar de Paiva vai recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça da Paraíba. 

Publicado em 07/03/2017 às 20:04

Presidido pelo juiz Horácio Ferreira de Melo, o 2º Tribunal do Juri de Campina Grande condenou, nesta terça-feira (7|), a 13 anos de prisão, Ivamar de Paiva Barreto por tentativa de assassinato do delegado da Polícia Civil, Leonardo Machado. O crime ocorreu em 13 de junho de 2015, na cidade de Uiraúna, no Sertão paraibano. O advogado Ozael Fernandes, que defende Ivamar, deve recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça da Paraíba.

O julgamento começou por volta das 9h. Ainda na parte da manhã, foram apresentadas versões de testemunhas, sendo quatro de acusação e três de defesa, além de materiais midiáticos, com a acusação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) feita pela promotora de justiça Artemise Leal Silva. No início da tarde foi feito um intervalo e, no retorno, o advogado Ozael Fernandes fez a defesa. Por volta das 16h30 foi iniciada a réplica da promotoria, seguida da tréplica da defesa. O veredito ocorreu à noite.

A acusação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) foi feita pela promotora de justiça Artemise Leal Silva. Ele foi acusado de homicídio tentado duplamente qualificado, crime pratica por motivo fútil e porte ilegal de arma. Ela espera que, sendo condenado, a pena do réu some cerca de 15 anos. Antes do julgamento, Ivamar de Paiva Barreto já estava preso no presídio PB-1, em João Pessoa. Durante o julgamento dezenas de delegados da Polícia Civil usaram cartazes, pedindo justiça pelo caso.

Relembre o caso

Segundo a promotora, o crime ocorreu depois que o réu e a vítima se esbarraram em uma fila de um estabelecimento, na cidade de Uiraúna. “No estabelecimento havia dois caixas. O réu estava sendo atendido em um deles, quando o outro caixa ficou livre e chegou a vez do delegado. No momento em que a vítima se aproximou eles acabaram esbarrando um no ombro do outro. Depois disso, o réu saiu e ficou esperando a vítima sair. Quando o delegado estava se aproximando do carro dele, o réu o chamou e atirou duas vezes. Um dos tiros atingiu a cabeça e o outro o tórax da vítima”, disse a promotora.

Leonardo Machado estava acompanhado da mãe e dos dois filhos, no momento do crime. De acordo familiares, ele respira hoje com a ajuda de aparelhos e se alimenta por gastrostomia. “Ele também tem ataques de epilepsia. Abre os olhos, mas a única resposta dele é de lágrimas”, conta a irmã do delegado, Candice Machado.

Imagem

Jornal da Paraíba

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