VIDA URBANA
Administrador confirma vulnerabilidade do local
Willams de Souza reconhece que violação e furtos de objetos de túmulos são frequentes.
Publicado em 22/11/2015 às 8:10
A insegurança nos cemitérios públicos, sobretudo no Boa Sentença, incomoda, mas não surpreende o diretor da Divisão de Cemitérios de João Pessoa, Willams de Souza. Em tom de desabafo, ele confirmou a vulnerabilidade nesses equipamentos. Uma das consequências, conforme afirmou o diretor, é a violação e furto de objetos valiosos colocados nos túmulos pelos familiares dos mortos, em atos frequentes de vandalismo. Além dos objetos religiosos, flores e outras homenagens aos mortos também são levadas, segundo Souza.
Em relação à porta que libera o acesso de qualquer pessoa, a qualquer hora, o diretor explicou que o problema é antigo. “Abriram essa porta há cerca de 8 anos. A gente fecha em um dia, e no outro eles reabrem”, revelou. Essa abertura, inclusive, já foi alvo de reclamação do Ministério Público Estadual durante inspeção realizada no cemitério há dois anos. O órgão recomendou o fechamento, o que não foi cumprido até o momento.
O cemitério Senhor da Boa Sentença não é o único a ter problemas com insegurança. No início deste ano, dois vigilantes que faziam a segurança no cemitério São José, no bairro de Cruz das Armas, também em João Pessoa, foram baleados depois de terem as armas roubadas em um assalto. Um dos vigilantes morreu dias depois no Hospital de Emergência e Trauma da capital. O assalto ocorreu à noite.
O cemitério está localizado em uma avenida de grande movimento, mas nem isso inibiu a ação dos criminosos.
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