Adultos não atualizam o cartão de vacinação

A maioria dos adultos ignora a importância de manter o cartão de vacinação em dia e deixa de tomar importantes doses de vacinas necessárias na fase adulta. De acordo com a coordenadora de imunização do Serviço Municipal de Saúde da Prefeitura de Campina Grande, Tânia Jerônimo, quase 50% da população adulta, a partir dos 20 anos, não se preocupa com a atualização do cartão de vacinas e muitas pessoas sequer guardam o comprovante de vacinas já tomadas na fase infantil.

“O ideal seria atingir os 100% desse público, porém, apesar da divulgação, falta iniciativa da própria população em procurar os postos de vacinação do município”, afirma a coordenadora. As pessoas que não têm cartão de vacinação ou desejam atualizá-lo devem procurar um posto de vacinação do município para começar receber as imunizações necessárias.

Tânia Jerônimo explica que os adultos que não tomaram todas as vacinas quando crianças devem procurar um posto de vacinação o mais rápido possível. As vacinas oferecidas no serviço público de saúde são contra difteria e tétano, que são aplicada em três doses no intervalo de dois meses e qualquer criança a partir dos sete anos também pode tomar. Após as três doses, é preciso tomar o reforço do tétano a cada dez anos, para homens e a cada cinco anos para mulheres.

Outra vacina importante que o adulto precisa tomar é a tríplice viral, que imuniza contra sarampo, rubéola e caxumba, apesar dessa vacina estar disponível para as crianças a partir de um ano, muitas pessoas chegam na fase adulta sem tomar. A tríplice viral é aplicada em dose dupla, na faixa etária de 1 a 19 anos, e também pode ser aplicada em dose única na fase adulta, em homens com idade até 39 anos e mulheres de até 49 anos.

A vacina contra hepatite B é outra importante imunização que todo adulto se ainda não tomou precisa tomar. Essa vacina, que antes era voltada para a faixa etária de 0 a 19 anos, teve seu limite ampliado, agora a vacina contra a Hepatite B é voltada para a população adulta com idade entre 24 a 29 anos.

“Essa ampliação foi uma recomendação do Ministério da Saúde e visa imunizar o grupo que corre mais risco de adquirir a doença", explica Tânia Jerônimo. A hepatite B é uma doença transmitida por via sexual, drogas injetáveis, transfusão de sangue e derivados. A vacina é aplicada em todas as unidades de saúde do município e faz parte do calendário básico, no entanto, a imunização só é eficaz quando as três doses são administradas - com intervalos de um mês após a primeira dose e de seis meses após a segunda dose, conforme explica a coordenadora de Imunização de Campina.