VIDA URBANA
Agência de turismo dá calote em campinenses que foram a Olinda e Salvador
Polícia Civil vai abrir inquérito para apurar denúncia de estelionato no carnaval feita por mais 100 pessoas.
Publicado em 16/02/2018 às 7:35 | Atualizado em 16/02/2018 às 9:19
O que seria um Carnaval dos sonhos, se tornou um “pesadelo” para clientes da Agência de Turismo de Campina Grande TazAqui, esta semana. Os campinenses denunciam que sofreram um calote depois de fecharem pacotes de excursões para os carnavais, em Olinda e Recife (PE), e Salvador (BA). O proprietário da empresa, Rayfranci Camilo Diniz, sumiu. A Polícia Civil vai abrir inquérito para apurar o calote que pode chegar a R$ 50 mil.
Cerca de 100 pessoas relataram que foram abandonados nas cidades e tiveram que providenciar a volta ao Estado da Paraíba com recursos próprios. Em um dos casos, clientes foram despejados de uma casa alugada pela empresa, por falta de pagamento, durante a festa.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou localizar o dono da empresa, mas o telefone estava desligado e as mensagens não foram respondidas. A agência, que funciona em um shopping, no Centro de Campina Grande, estava fechada nesta quinta-feira (15). As páginas da agência de turismo nas redes sociais tiveram nome e fotos de perfil alterados.
Sem localização
Os problemas começaram a surgir na última segunda-feira (12), com clientes que haviam comprado ingressos para shows e camarotes em Olinda e Recife e não conseguiram localizar Rayfranci Camilo. Durante o período do Carnaval, muitos clientes tiveram problemas com pacotes de “bate e volta” (viagem de ida e volta no mesmo dia) entre Campina Grande e Olinda. As vítimas foram levadas para Pernambuco, mas no retorno, o ônibus locado e o dono da empresa haviam sumido.
“A gente teve que alugar um ônibus com o dinheiro da gente pra poder voltar pra casa”, disse o estudante Matheus Pereira. Na terça-feira (13), um grupo de cerca de 50 pessoas que fechou um pacote para passar o Carnaval, em Olinda, foi despejado da casa onde estava, depois que o dono casa chegou ao local com a Polícia Militar exigindo o pagamento do aluguel. Segundo os clientes, o dono da casa disse que o empresário da agência havia pago apenas a primeira parte do aluguel.
"O proprietário da casa apareceu lá pra receber o restante da locação do imóvel. O dono da casa não quis acordo. Ele queria o dinheiro, ou a gente teria que ir embora em 20 minutos”, disse a estudante Maria Fernanda, que havia pago um pacote de cinco dias em Olinda
Na Bahia
Outros clientes que fecharam pacote de viagem para passar o Carnaval em Salvador, na Bahia, foram surpreendidos ao chegarem ao hotel na cidade e descobrirem que as hospedagens do hotel não haviam sido pagas. Neste caso, o responsável pelo hotel fez um acordo e permitiu que eles se hospedassem.
Outra surpresa desagradável ocorreu no aeroporto de Salvador, quando clientes descobriram que a passagem de volta também não havia sido comprada e tiveram que pagar do próprio bolso, de última hora.
Parte dos clientes procurou a Polícia Civil em Campina Grande para prestar boletim de ocorrência. Os casos vão ser encaminhados para a Delegacia de Defraudações e Falsificações da Polícia Civil, para abertura de inquérito.
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