VIDA URBANA
Agentes penitenciários paralisam atividades
Apenas 30% dos 2,1 mil agentes do quadro efetivo desenvolveu as atividades nos presídios; paralisação se encerra nesta quinta-feira (31).
Publicado em 31/01/2013 às 6:00
Agentes penitenciários de toda a Paraíba, seguindo orientação nacional, paralisaram, ontem, as atividades nas unidades prisionais do Estado para protestar contra o veto da presidente Dilma Roussef, proibindo o porte de arma pela categoria fora do horário de serviço. Apenas 30% dos 2,1 mil agentes do quadro efetivo desenvolveu as atividades nos presídios. Os detentos não tiveram direito a banho de sol nem visitas íntimas. A paralisação começou ontem, às 8h, e deve ser encerrada hoje.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Secretaria da Administração Penitenciária da Paraíba (Sindseap), Manuel Leite, houve adesão de 100% da categoria, incluindo as cadeias públicas, que também aderiram o movimento. “A paralisação está dentro do que esperávamos, inclusive as cadeias públicas de vários municípios também aderiram ao movimento. Estamos cumprindo com o que manda a lei, em todas as unidades os serviços essenciais estão sendo mantidos por 30% do efetivo”, relatou.
Segundo Manuel Leite, este foi apenas o primeiro passo da categoria na luta pela derrubada do veto da presidente ao projeto de lei 87/2011, que concede aos agentes o porte de arma federal, o que permitiria que eles andassem armados mesmo não estando em serviço.
Na manhã de ontem, em João Pessoa, 150 agentes penitenciários se concentraram em frente à Penitenciária Flósculo da Nóbrega, o presídio do Róger, e saíram em carreata para as outras unidades penitenciárias da capital. “O presídio do Róger é o símbolo do sistema penitenciário da Paraíba.
Reunimos os agentes com faixas e cartazes. Todas as outras unidades foram fechadas e participaram do movimento”, declarou Charles Mota, da Comissão de Paralisação.
Ainda segundo Mota, com a paralisação dos agentes, as visitas íntimas foram canceladas na maior parte dos presídios e estão suspensos os serviços de assistência à saúde e das áreas jurídica, religiosa e social, que depende do apoio dos agentes penitenciários. Na capital, não houve visita íntima no presídio do Róger e na Máxima de João Pessoa. As visitas foram antecipadas para terça-feira, apenas no Silvio Porto, PB1 e no presídio de Santa Rita.
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