VIDA URBANA
Agentes reclamam de insegurança em presídio
Sindicato denuncia falta de segurança, uso de munições vencidas e armas antigas na Penitenciária Jurista Angello Amorim, em CG.
Publicado em 16/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 26/05/2023 às 17:32
Os agentes que atuam na Penitenciária Jurista Angello Amorim (Monte Santo) em Campina Grande, estão trabalhando em condições precárias, com armas antigas, munições vencidas e sem segurança.
A afirmação foi feita pelo presidente do Sindicato dos Servidores da Secretaria de Administração Penitenciária da Paraíba, Manuel Leite de Araújo, em denúncia ao Jornal da Paraíba. Ele disse que teme uma tragédia, já que bandidos estão aproveitando os momentos de entrada ou saída para tentar assassinar os apenados que cumprem pena em regime semiaberto na unidade.
Conforme o relato do presidente, apenas três agentes atuam por plantão na penitenciária que abriga 200 presidiários, sendo 20 mulheres. “Antes eram 12 agentes por plantão, agora são apenas três. Além disso, eles trabalham sem apoio da Polícia Militar. Os ataques a albergados são constantes e tememos pela vida dos agentes. Já levei a situação ao conhecimento da secretaria, mas a situação não foi resolvida”, enfatizou.
O secretário de Administração Penitenciária do Estado, Walber Virgolino, rebateu as acusações do presidente do Sindicato. Segundo ele, são seis agentes atuando por plantão na unidade.
“Tudo que ele está dizendo é mentira. Eu retirei parte dos agentes do Monte Santo para atuar no Serrotão, porque lá temos centenas de apenados, muitos de alta periculosidade. O número atuante hoje no Monte Santo por si só é suficiente. Agora o que acontece da porta de saída pra fora do presídio não é responsabilidade da Seap”, disse.
O secretário Walber Virgolino reconhece que há déficit de agentes penitenciários no Estado, mas afirmou que esta é uma realidade nacional e informou que vários investimentos foram feitos no setor.
“A falta de estrutura é um problema que vem de 50 anos atrás, mas em 2 anos, conseguimos garantir muitas conquistas.
Adquirimos 190 pistolas calibre ponto 40, 90 espingardas calibre 12, 60 metralhadoras, mais de 100 mil munições, 400 coletes balísticos. Investimos em melhoria interna dos presídios e cadeias, além de capacitação de agentes”, completou.
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