Agricultores sofrem os efeitos da falta d'água

Apesar de na Paraíba nenhum município ter decretado estado de emergência em decorrência da estiagem, a zona rural de muitas localidades já sofre os efeitos da falta de abastecimento d'água.

Os reservatórios de menor porte que não secaram, só acumulam lama atualmente. Mesmo assim, estão sendo a única alternativa para os criadores sustentarem a criação de animais.

O coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Rufino, disse que o rigor para o governo federal reconhecer a situação de emergência dos municípios aumentou neste ano, pois muitas solicitações não eram feitas dentro dos critérios técnicos que a situação requer. “O semiárido é uma região que, naturalmente, sofre a cada ano com os problemas da estiagem. Dessa forma, é preciso avaliar rigorosamente qual a extensão de cada caso”, afirmou.

Em alguns municípios das regiões Agreste e Cariri, os produtores rurais enfrentam dificuldades pelo fato da Operação Carro Pipa não ter sido autorizada neste ano pela União. No município de Montadas, no Agreste, o agricultor Sebastião Nascimento, de 46 anos, diz que não tem condições de comprar água para saciar a sede do gado. Ele está preocupado por perceber que a cada dia a água do barreiro da sua propriedade está evaporando mais rápido, em função do aumento da temperatura.

O problema da estiagem se agrava ainda mais nas propriedades rurais que tiveram seus reservatórios levados pelas fortes chuvas deste ano. Em Lagoa Seca, no Agreste, por exemplo, 32 açudes foram arrombados e isso fez com que os problemas de falta d'água começassem ainda mais cedo do que nos outros anos. O problema só será reduzido com a chegada das chuvas.