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VIDA URBANA

Aids mata 92 pessoas na Paraíba

Apenas entre janeiro e outubro deste ano, já foram 92 vítimas da doença; em 13 anos foram 1.263 mortes em todo o Estado.

Publicado em 21/11/2012 às 6:00


Apesar das campanhas de prevenção e do tratamento oferecido pela rede pública, a Aids ainda está entre as doenças que mais matam na Paraíba. Apenas entre janeiro e outubro deste ano, já foram 92 vítimas da doença. Em 13 anos, foram 1.263 mortes no Estado. A mortalidade é maior que a causada por patologias consideradas graves, como leucemia, que teve 1.260 óbitos; e úlcera, que levou à morte 646 pessoas, no mesmo período.

As principais vítimas da Aids tinham idades entre 15 e 49 anos. Dos 1.263 óbitos verificados, 1.062 foram nessa faixa etária.

Outros 179 possuíam mais de 50 anos de idade, enquanto que 25 casos ocorreram entre paraibanos com menos de 14 anos de vida. Entre as mortes, estavam 906 homens e 362 mulheres. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Para o titular da Coordenadoria de Cidadania LGBT e de Igualdade Racial da Prefeitura de João Pessoa, Roberto Maia, a falta de prevenção ainda é a maior responsável pelo crescimento do contágio do vírus HIV. Ele explica que, apenas em João Pessoa, já existem atualmente 1.570 casos confirmados de portadores da doença. Deste total, 25% possuem menos de 20 anos de idade.

Para agravar ainda mais a situação, pesquisas realizadas pelo governo constataram que os jovens ainda resistem a usar preservativos. “50% dos jovens não usam preservativos durante a primeira relação sexual. Dos outros 50% que usam, 30% deixam de se proteger à medida que a relação vai ficando estável. Desse modo, estimamos que, pelo menos, 80% da juventude pratica sexo sem nenhuma proteção”, afirma Maia.

O pesquisador acrescenta que a maior dificuldade para o uso da camisinha ainda é a falta de informação. Ele observa que os preservativos são distribuídos gratuitamente em unidades do Programa de Saúde da Família (PSF). No entanto, a população carente ainda não tem acesso a essa política, por conta de tabus.

“A sexualidade ainda é um assunto pouco discutido nas famílias.

Enfrentamos resistência em tocar no assunto até mesmo nas escolas. Quando distribuímos camisinhas aos alunos, alguns pais chegam até a nos criticar por acharem que estamos incentivando a prática do sexo, quando, na verdade, estamos incentivando a prevenção de uma série de doenças”, diz.

Assistência

Na Paraíba existem três Centros de Testagem e Aconselhamento, instalados nas cidades de Campina Grande, Princesa Isabel e João Pessoa, que agilizam o atendimento à população. Nas outras cidades, as pessoas podem buscar auxílio nas unidades do PSF, que encaminham para as instituições especializadas os pacientes que forem diagnosticados com o vírus HIV.

Na Paraíba, o tratamento da Aids é realizado em três centros de tratamento instalados no Hospital Universitário Alcides Carneiro (em Campina Grande), no Hospital Universitário Lauro Wanderley e no Complexo Hospitalar Clementino Fraga (ambos em João Pessoa).

Esta última instituição é considerada a referência no Estado para o diagnóstico e combate às doenças infectocontagiosas. No local, a população encontra equipe multidisciplinar, formada por médicos de diversas especialidades, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos. Além de consultas e exames, o serviço também oferece os medicamentos chamados de retrovirais e que são usados no combate ao vírus HIV. Além do Clementino, a distribuição ocorre em sete locais do Estado.

Apesar de oferecer ampla assistência aos portadores de Aids, João Pessoa é a cidade que mais apresentou registros de mortes entre esses pacientes. Dos 92 óbitos ocorridos entre janeiro e outubro deste ano, 62 foram na capital, correspondendo a um percentual de 67,39% dos casos. Em segundo lugar aparece Campina Grande, com 24 mortes, e, em terceiro, vem Cajazeiras, com dois óbitos. Na quarta colocação estão Patos, Santa Rita e Sousa, com um caso, cada.

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Jornal da Paraíba

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