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VIDA URBANA

Álcool e energético representam uma mistura perigosa

Segundo cardiologista, coração é um dos órgãos mais prejudicados pela associação entre as bebidas.

Publicado em 04/03/2012 às 8:49


A música embala e para curtir a noite sem cansaço a moçada já adotou uma receita: álcool com energético. A mistura mascara o efeito da primeira substância e deixa a pessoa 'mais ligada' - tudo isso porque a cafeína contida nos energéticos provoca a aceleração do metabolismo, diminuindo o sono e fazendo com que o indivíduo pense que está muito bem e que pode continuar bebendo até o final da festa.

E é aí onde está um dos perigos dessa associação. A pessoa pode não perceber, mas o corpo sente todos os efeitos da bebida e o coração é um dos órgãos mais prejudicados.

Segundo o cardiologista Ricardo Queiroga, “a associação pode desencadear vários tipos de arritmia (alteração na fre- quência normal de batimentos do coração), inclusive uma taquicardia maligna - aceleração do coração que pode levar à morte súbita”.

Além disso, apesar de a pessoa está em um estado de vigília, a coordenação motora e o reflexo estão diminuídos. Por isso, dirigir ou fazer qualquer outra atividade que exija concentração será arriscado. “A resposta do organismo à ingestão da bebida com cafeína vai variar de indivíduo para indivíduo. Mas além dos próprios efeitos da intoxicação por cafeína, a substância pode causar ainda mal-estar, desconforto no estômago e ansiedade.

A advogada Cristiane Pereira (nome fictício) foi uma das pessoas que abusou da mistura e tomou um grande susto. Ela contou que não tinha o costume de associar o energético com o álcool, até que participou de uma festa de réveillon com os amigos e resolveu provar. “Todos os meninos estavam tomando e eu e uma amiga resolvemos fazer também e deu certo. Não deu sono e ficamos bem animadas”, relatou Cristiane.

Meses depois, participando de um Carnaval fora de época que durava o dia todo, ela e a amiga resolveram fazer a associação novamente – dessa vez, os resultados não foram bons. “Quando cheguei em casa ainda estava agitada, mas consegui dormir.

Quando fui tomar banho passei muito mal, não consegui nem terminar. Tive que sentar no chão do banheiro e meu coração estava disparado”, contou a advogada, ao comentar que depois de 20 minutos descansando no chão do banheiro finalmente teve forças para terminar o banho.

“Logo depois não conseguia ficar em pé e o coração continuava acelerado. Passei mal novamente, deitei do jeito que estava e adormeci, acordando melhor em seguida”, detalhou Cristiane, contando que dias depois foi a um médico e relatou o episódio. “Ele disse que provavelmente eu tive uma taquicardia e que podia até ter evoluído para um quadro mais grave, mas por sorte parou por aí”, disse Cristiane.

Segundo a advogada, ela ainda mistura as duas substâncias, mas agora em menor quantidade. “Acho que o problema foi porque passamos o dia todo bebendo e fomos descansar muito tarde”, opinou, ao acrescentar que as pessoas gostam da mistura, sobretudo com as bebidas destiladas, porque o energético corta o gosto forte do álcool e deixa a bebida gostosa.

Conforme o cardiologista Ricardo Queiroga, não existe determinação por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que regulamente ou proíba o uso desses energéticos. Também não há como mensurar em que quantidade ele se apresenta como um perigo. “Está havendo um uso indiscriminado das substâncias. Também não podemos dizer que apenas uma dose não faz mal”, alertou o especialista, ao recomendar que o ideal é que não se faça a mistura.

“Algumas pessoas podem ter uma patologia no coração não diagnosticada e ao ingerir as substâncias ter consequências mais sérias”, completou.

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Jornal da Paraíba

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