VIDA URBANA
Alternativos invadem ruas do Centro de CG
Oferecendo tarifas mais baratas, veículos de transporte alternativo disputam com ônibus urbanos em Campina Grande.
Publicado em 09/11/2012 às 6:00
É cada vez mais comum encontrar veículos estacionados nas paradas de ônibus do Centro de Campina Grande com o pisca alerta ligado. A situação é ainda pior nos horários de pico no trânsito, entre 12h e 18h, quando carros do tipo minivans e Kombis aumentam a fila, disputando um espaço com os ônibus urbanos. São em atitudes como essa que agem os transportes alternativos, oferecendo o serviço de deslocamento para os passageiros por um preço mais barato que a tarifa de ônibus urbano, que hoje é R$ 2,10.
Os destinos normalmente são os bairros mais distantes do Centro. Malvinas e Bodocongó são os primeiros destinos oferecidos. Mas para quem pretende ir até a Liberdade, Santa Rosa ou Palmeira, não falta convite. Se a tarifa de ônibus custa R$ 2,10, os motoristas conhecidos como “alternativos”, que segundo o Sitrans (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros) somam mais de 100 carros, cobram R$ 2,00 pelo serviço. Mas, como lembra Anchieta Bernardino, presidente do sindicato, sem garantia nenhuma para os passageiros caso haja um acidente.
“No preço de uma passagem de ônibus está incluso o serviço, os encargos, salários dos motoristas e também o seguro do passageiro, se houver algum acidente. Nesses carros que agem livremente, os motoristas agridem os nossos operadores e ficam insistindo para os usuários aceitarem serem transportados”, explicou o presidente do Sitrans.
No trecho da Avenida Floriano Peixoto, entre um supermercado e a Arca Titão, existem seis paradas de ônibus de várias rotas da cidade. Mas, no espaço destinado ao estacionamento dos veículos permissionados para o transporte de pessoas, muitos carros alternativos acabam parando e dificultando a fluidez do trânsito.
De acordo com um comerciante do local, que preferiu não se identificar, os condutores param os carros e ficam oferecendo o serviço a quem está à espera do ônibus.
“Eles param o carro, ligam o pisca-pisca e ficam abordando as pessoas. Cobram R$ 2 pela corrida e ficam dizendo: 'O carro já vai sair', para incentivar as pessoas a não esperarem mais os ônibus. Isso é o dia inteiro. Na hora que tem mais movimento, a avenida fica cheia de carro. Alguns pegam até uma parte da calçada. Muita gente acaba aceitando e pega o carro”, contou o comerciante.
Comentários