VIDA URBANA
Alunos cobram reforma em escola de CG
Na unidade estão matriculados 1.800 alunos e conforme o diretor desde 2006 não há uma reforma no prédio.
Publicado em 21/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 11/01/2024 às 18:45
Os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Félix Araújo, o Estadual da Liberdade, paralisaram as atividades para cobrar melhorias no colégio, que está com estrutura física precária e representa risco para alunos e professores. Segundo o diretor, Sílvio Araújo, a escola não passa por reforma desde 2006.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA esteve na unidade, onde estão matriculados 1.800 alunos, e constatou as condições precárias. Além de mofo e infiltração em praticamente todas as paredes, há muitos buracos nos telhados, ferrugem, além de banheiros sem condições de uso e sem portas. “Já encaminhamos vários ofícios à 3ª Gerência de Ensino e um engenheiro veio até a escola para avaliar os danos e posteriormente começar a reforma. Mas até agora não tivemos aviso de quando deverá começar”, disse a vice-diretora Josinete Bezerra.
De acordo com o diretor Silvio Araújo, as condições precárias de infraestrutura estão gerando mais despesas para a escola. “Se a gente troca uma lâmpada pela manhã, de tarde ela já está queimada por conta da fiação muito antiga e das gambiarras que foram feitas na instalação. As estruturas metálicas estão praticamente todas enferrujadas. A situação é grave”, ressaltou.
Indignados, os estudantes disseram que só voltarão a assistir as aulas quando a reforma for iniciada. “Não tem condição nenhuma da gente assistir aula. Quando chove, o ginásio vira uma piscina. Quem está fora se molha menos do que quem fica dentro. As salas cheias de mofo, a gente está ficando doente.
Assim não dá”, relatou Leandro Alves, 17 anos, aluno do 9° ano.
A aluna o 1° ano Tháyna Procópio, 16 anos, disse que também há proliferação de mosquitos e de cupim. “A gente não consegue fazer prova, não tem como se concentrar na aula e quando tem Educação Física, a gente já vem com a roupa de casa, porque ninguém aguenta a sujeira e o mau cheiro no vestiário”, desabafou.
Ao falar sobre a situação do Estadual da Liberdade, a gerente da 3ª Região de Ensino, Italagitania Simplício, informou que a escola está incluída no calendário de reformas das Secretaria de Educação. Segundo ela, a obra já foi licitada, faltando apenas a assinatura da ordem de serviço. A gerente não soube precisar a data em que essa ordem será assinada, mas disse que isso deve ocorrer nos próximos dias.
"Ao tomar conhecimento da paralisação das atividades na escola procuramos saber se ela estaria no cronograma de reforma, que é o mais importante. Diante disso, vamos apelar para a consciência dos alunos para que eles voltem para a sala de aula, pois já tivemos a paralisação nacional e não podemos prejudicar ainda mais o calendário letivo, uma vez que todos os dias parados terão que ser repostos", concluiu.
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