VIDA URBANA
Alunos da rede municipal de João Pessoa podem ficar sem férias em junho
Mudanças serão definidas pelas instituições de ensino no retorno às aulas. Greve comprometeu 23 dias do calendário letivo.
Publicado em 17/04/2015 às 8:00 | Atualizado em 15/02/2024 às 12:28
Para que os alunos da rede municipal de ensino de João Pessoa tenham o direito de ter os 200 dias do ano letivo de 2015 cumpridos, terão que sacrificar o recesso previsto para o próximo mês de junho, além de ter aulas aos sábados. Isso porque o andamento normal do conteúdo programático foi interrompido por conta da greve dos professores, que comprometeu 23 dias de aulas. O novo calendário para a reposição preocupa a classe estudantil.
A estudante do 9º ano na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Hugo Moura, no bairro do Padre Zé, Dayane Rodrigues, 15 anos, disse que apesar de ter que assistir aula durante a semana de recesso no meio do ano, é melhor assim do que terminar a série só no próximo ano. “Bom não é não, mas pelo menos a gente consegue concluir antes do ano acabar. Já a estudante Yasmim Rodrigues, 13 anos, aluna do 8º ano na mesma escola, não gostou de ter que estudar aos sábados. “É ruim vir para escola no sábado. Esse é um dia de lazer igual ao domingo”, disse.
O diretor de Gestão Escolar (DGC) da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Sedec), Gilberto Cruz de Araújo, reconheceu que os alunos serão penalizados com a reposição de aulas aos sábados e durante o recesso de junho, mas ressaltou que esse é o único meio de não prejudicá-los com relação aos conteúdos.
“Infelizmente, aconteceu o impasse que gerou a greve e só temos essa alternativa para obedecer e cumprir as orientações de 200 dias letivos e 800 horas/aula determinados pelo Ministério da Educação (MEC). É preciso ter visão para que o acordo do calendário especial não estenda o ano letivo de 2015 até o início do próximo ano, evitando o confronto com as férias do mês de janeiro”, afirmou.
Gilberto Cruz explicou que diferentemente da rede particular de ensino, que tem férias durante todo mês de julho, no setor público as férias são previstas para janeiro, existindo um recesso no meio do ano, entre o final de junho e início de julho, de aproximadamente uma semana e meia.
Conforme o diretor da DGC, cada unidade de ensino tem autonomia para elaborar o calendário de reposição, conforme suas realidades.
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Escolas de João Pessoa (Sintem-JP), Daniel de Assis, afirmou que todos os esforços serão feitos pelos professores para que o calendário seja cumprido.
Comentários