Alunos de Campina sem aula

Por apresentar problemas na estrutura do prédio, a Escola Estadual de Ensino Fundamental I e II Poeta Carlos Drummond de Andrade, localizada no bairro das Malvinas, em Campina Grande, foi interditada por uma equipe da Vigilância Sanitária na tarde da última quinta-feira, após a recomendação do Ministério Público. Com essa medida, 580 alunos e mais de 50 professores estão impedidos de entrarem no prédio, que só será reaberto após passar por uma ampla reforma.

Segundo explicou o promotor da Educação Guilherme Câmara, esta foi uma decisão que foi tomada dentro da legalidade. O promotor do MP esclareceu que a suspensão das atividades levou em consideração o risco para a segurança, a integridade física e a vida daqueles que têm acesso ao local. “É dever do Estado cumprir todas as determinações. Cada dia de aula perdido deve ser contabilizado como de responsabilidade exclusiva dos gestores da escola e da Secretaria Estadual de Educação, cujos agentes podem ser diretamente responsabilizados por desídia e omissão”, destacou promotor Guilherme.

Segundo a funcionária da escola Adriana Kelly, não precisa ter acesso ao interior do prédio para detectar os problemas. “Do lado de fora, todo mundo vê o telhado quebrado, muro derrubado, o que facilita a entrada de pessoas que nem são alunos nem trabalham na escola. Dentro, as paredes das salas estão rachadas, o piso tem problemas ”, disse.

Já a supervisora da escola Silvana Kelly, explicou que, pelos alunos não terem mais acesso ao prédio, na manhã de ontem, foi promovido um protesto em frente à unidade de ensino. De acordo com a gerente da 3ª Regional de Ensino, Terezinha Silva, o caso foi levado até a Secretaria de Educação do Estado, para que os problemas sejam resolvidos. Segundo ela, a escola passará por reforma para voltar a funcionar, e isso resultará em um calendário especial de aulas.