VIDA URBANA
Alunos fazem protesto em CG
Estudantes da Escola Estadual Raul Córdula interditaram a rua para protestar contra a demora na entrega da reforma da escola.
Publicado em 07/06/2014 às 6:00 | Atualizado em 30/01/2024 às 14:05
Cerca de 300 estudantes da Escola Estadual Raul Córdula, em Campina Grande, decidiram não assistir as aulas ontem pela manhã, segundo eles por um bem maior. Eles se reuniram em frente à unidade escolar, na avenida Juscelino Kubitschek, bairro Presidente Médici, queimaram pneus e fecharam as vias de acesso ao bairro e Centro da cidade, como forma de reivindicar agilidade na reforma na escola, que foi iniciada em novembro do ano passado. Os estudantes só se dispersaram depois da chegada da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
O protesto foi iniciado por volta das 9h30, quando os alunos da escola decidiram fechar a avenida e impedir o trânsito de veículos como forma de chamar a atenção para o problema.
Eles atearam fogo em pneus e provocaram também o descontentamento de alguns motoristas, que reagiram de forma negativa. Segundo a estudante do 1° ano do Ensino Médio Emanuele Aragão, de 15 anos, enquanto os estudantes pediam as melhorias, um início de tumulto acabou deixando muitos alunos assustados.
“Teve um motorista que reagiu disparando tiros para o alto e avançou em cima de alguns estudantes que quase foram atropelados. Nós reivindicamos por melhoria na educação e queremos que a nossa escola seja reformada, mas de forma ágil, para que a gente não continue sendo prejudicado. Fechar a avenida foi a forma que nós encontramos de chamar a atenção da mídia e das autoridades públicas para o problema”, explicou. Ainda pela manhã, os bombeiros foram acionados e conseguiram apagar o fogo. Apesar do tumulto provocado durante o protesto, ninguém saiu ferido.
De acordo com a estudante, desde novembro do ano passado a escola passa por reformas, o que já teria atrasado o calendário escolar deste ano. “Nossas aulas foram iniciadas em março.
Neste período já deveríamos estar fazendo provas. Nós estamos muitos preocupados, porque já estamos atrasados e este ano é um ano de eventos que vão parar o país, como a Copa do Mundo e as eleições. Sinceramente, não sei como é que vamos conseguir cumprir as matérias”, lamentou Emanuele Aragão.
Os alunos da Escola Raul Córdula estão recebendo aulas dentro da unidade em reforma, que atualmente se encontra sem portas nas salas e banheiro feminino, além de outras necessidades. “Nem pessoal de limpeza a escola tem agora, para, pelo menos, amenizar a situação”, frisou a estudante.
A diretora técnica da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), Simone Guimarães, informou que a culpa do atraso das obras nessa e em outras escolas é da empresa responsável pelas reformas, que já foi notificada e será multada caso não entregue a nova estrutura da Escola Raul Córdula no dia 30 de junho, data prevista para finalização da obra.
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