VIDA URBANA
Alzheimer ainda é mistério para ciência e atinge 44 mi pessoas
Descoberta pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, estima-se que a doença atinja cerca de 1,5 milhões de pessoas apenas no Brasil
Publicado em 29/03/2015 às 8:00 | Atualizado em 16/02/2024 às 11:04
Nas últimas semanas, o mal de Alzheimer voltou à tona tomando conta de toda a mídia. Uma parte foi devido à premiação da atriz Julianne Moore, com o Oscar de melhor atriz pela atuação no filme 'Para Sempre Alice', filme em cartaz nos cinemas de João Pessoa, como uma linguista que sofre ao lidar com o estágio inicial da doença. Já a outra ficou por conta das notícias que circularam sobre o ator Jack Nicholson, onde muito jornalistas especularam se ele seria ou não portador do mal.
Base de pesquisas para médicos e cientistas de todo o mundo, o mal de Alzheimer continua como um mistério. Descoberta pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, estima-se que a doença atinja cerca de 1,5 milhões de pessoas apenas no Brasil e aproximadamente 44 milhões em todo o mundo, como afirmam as estatísticas de demência do Alzheimer’s Disease International (ADI).
Segundo a neurocirurgiã do Hapvida Saúde, Penha Mariz, apesar das constantes pesquisas ainda não existem exames precisos para diagnosticar o problema. “O diagnóstico de certeza só pode ser feito após o óbito e estudos de necropsia, mas nem todas as famílias autorizam esses estudos”, explica.
O Alzheimer é considerado uma espécie de demência, onde a pessoa sofre com perda da memória recente e não consegue lembrar de fatos cotidianos. Por ser algo gradativo, e com a maioria dos casos registrados em pessoas com mais de 60 anos, é importante que a família permaneça sempre atenta às mudanças de comportamento. “O paciente não se recorda do que comeu, pessoas que viu durante o dia, objetos que guardou, porém é capaz de se recordar de fatos remotos. Também acontecem episódios de desorientação espacial, não reconhecendo a sua casa, sem saber onde ficam o banheiro ou a cozinha”, afirma a neurocirurgiã do Hapvida Saúde.
As causas da doença ainda são um mistério, mas, segundo Penha Mariz, estudos apontam que a ocorrência de traumatismos cranianos, como acontece em pugilistas, podem desencadear o processo de demência. Além disso, a médica explica que outros fatores analisados são as causas virais, alimentares, ambientais e a hereditariedade, que está relacionada com a doença, mas ainda não há uma comprovação científica que aponte qual a sua influência na perda da memória.
Como não há certeza da sua origem, também não existem garantias que os métodos preventivos terão os efeitos desejados. No entanto, a estimulação cerebral funciona como um protetor contra o desencadeamento da doença. “Manter atividade intelectual, como leitura, jogos, atividade musical e manter uma vida saudável, com exercícios físicos, e controle da pressão arterial e diabetes podem ajudar na prevenção”, revela a neurocirurgiã.
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