VIDA URBANA
Animais aumentam os riscos de acidentes na BR-230
Cavalos e vacas pastam às margens da estrada de Cabedelo e são um risco a mais para quem trafega pelo local. Foi o que garantiram ontem alguns moradores dos bairros de Camboinha e Areia Dourada.
Publicado em 16/09/2008 às 8:22
Do Jornal da Paraíba
Cavalos e vacas pastam às margens da estrada de Cabedelo e são um risco a mais para quem trafega pelo local. Foi o que garantiram ontem alguns moradores dos bairros de Camboinha e Areia Dourada. Graça da Silva, de 37 anos, contou que já presenciou inúmeros acidentes provocados pelos animais que atravessam a pista. “Na frente da minha casa um carro bateu em um cavalo. O barulho foi tão grande que me assustei. O veículo era estilo caminhonete”, disse.
Eliezer Freitas, de 40 anos, que também mora no local, mostrou-se revoltado com a situação. “Ainda agora mesmo, um cavalo atravessou a pista e o motorista teve que frear de forma brusca. A Polícia Rodoviária tem que passar e levar mesmo. Eles (donos) amarram e deixam os animais dias e dias no sol”, contou.
Já para Fernando Sousa Júnior, que há cerca de um ano e meio pastoreia cavalos e vacas na margem da estrada, o risco não existe. “Desde que tomo conta, graças a Deus, nunca teve acidente. Quando vai para a pista, corro e busco logo”, garantiu. O detalhe é que no exato momento em que concedia a entrevista, Fernando teve que correr para evitar que um caminhão colidisse com uma de suas vacas, que atravessava a rodovia.
O assessor de comunicação da Polícia Rodoviária Federal na Paraíba (PRF), Genésio Vieira, garantiu que são feitas cerca de cinco apreensões por dia e que só neste último fim de semana, 11 animais foram recolhidos. “Temos um dos índices mais baixos do país de acidentes que envolvem animais, já que fazemos apreensões todos os dias.
Quando apreendidos, todos são levados para uma espécie de depósito em Cabedelo e após pagamento de multa são devolvidos aos donos”, explicou. Além de uma multa estabelecida pelo município, o proprietário precisa pagar as diárias referentes ao tempo em que o animal ficou recolhido.
Mas não é só sobre o risco de acidentes que os moradores reclamam, eles denunciaram os maus-tratos com os animais, que chegam a passar vários dias amarrados no mesmo local. “Eles deixam aí e vão embora. Os animais ficam o dia todo e até minha filha de 10 anos fala que os bichos estão com sede.
Eles ficam dias e dias sob o sol”, afirmou. Genésio disse ainda que não é preciso nenhuma campanha de conscientização, pois os proprietários sabem dos riscos. “Eles têm conhecimento e fazem por teimosia, principalmente naquele local. A primeira providência do cidadão é ligar para o disque-denúncia 191, que é gratuito, e tomaremos as providências cabíveis”, garantiu.
Brasília
Na capital federal, a solução encontrada foi implantar um chip nos animais, que contêm dados para localização do proprietário.
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