VIDA URBANA
Ano letivo não começa em 4 escolas do Estado
Reformas em escolas prejudicam o início das aulas.
Publicado em 11/03/2014 às 11:12 | Atualizado em 12/07/2023 às 12:18
Há quase 2 meses sem aulas, alunos da Escola Estadual Severino Cabral, localizada no Conjunto Severino Cabral, no bairro de Bodocongó, em Campina Grande, protestaram ontem reivindicando o início do ano letivo. Fardados, os estudantes encontraram na porta da escola um comunicado, informando que não há expectativa de término da reforma do local, que foi iniciada em novembro do ano passado.
Segundo a coordenadora da 3ª Gerência de Ensino, Italagitania Simplício, os alunos deverão ser transferidos para algum prédio locado ou emprestado. Ela também informou que mais três escolas estão em fase de conclusão da reforma, com expectativa de iniciar o ano letivo na próxima semana: Virginius da Gama e Melo (Bodocongó), Carlos Drummond de Andrade (Malvinas) e Santo Antônio (bairro de mesmo nome).
Preocupado com as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o estudante Jefferson Rodrigues, de 17 anos, já deveria estar cursando o 3º ano do Ensino Médio, mas a reforma na escola em que está matriculado, Severino Cabral, ainda não foi finalizada. “Quem mora aqui perto vê que a obra ainda será longa, mas o início das aulas estava marcado para o dia 10 (ontem). A gente veio de farda, mesmo sabendo que não haveria nada. Especialmente os alunos do 3º ano estão preocupados por causa do vestibular”, lamentou. Para o estudante, que se antecipou e já frequenta aulas de um cursinho pré-vestibular, vai ficar complicado para os professores colocar as matérias em dia.
Para a mãe de um aluno do 2º ano do Ensino Médio, a auxiliar administrativa Mônica Brito, a situação é revoltante. “Meu filho já estuda aqui há cinco anos e a gente percebia que a escola estava precisando de uma reforma, mas o problema é que dava para perceber que não tinham condições de finalizar a tempo e nada foi feito para que os alunos iniciassem o ano letivo”, disse.
Segundo a diretora da escola, Claudiane Rocha, a expectativa é de que o horário das aulas seja estendido em até quatro horas, para que seja ministrado todo o conteúdo das matérias.
“A maior urgência não é saber quando a reforma será finalizada, mas quando os alunos iniciarão o ano letivo. A gerência já sinalizou que está procurando um espaço para abrigar os estudantes temporariamente e acredito que assim que esse local seja disponibilizado, as aulas comecem de forma imediata”, informou.
Na escola, onde estão matriculados 360 alunos, haviam muitas deficiências, como rachaduras em paredes, teto oferecendo risco de desabar, infiltrações, problemas elétricos e outros, e encontrou outros problemas durante a reforma, como a troca da empresa responsável pela obra, o que também atrasou o serviço. De acordo com a coordenadora da 3ª Gerência de Ensino, há cerca de 20 anos o local não havia sido reformado e vários problemas estruturais foram detectados durante a obra.
“Isso também está atrasando a obra e nós tivemos que procurar uma solução paliativa para que os alunos não ficassem prejudicados. Vamos tentar alugar um prédio ou quem sabe abrigar os alunos em uma escola municipal, em caso de urgência”, contou.
A coordenadora da 3ª Gerência de Ensino, Italagitania Simplício, informou ainda que atualmente 16 escolas estaduais da região passaram ou estão passando por reformas e explicou: "destas, 12 já iniciaram o ano letivo, as três citadas anteriormente devem começar semana que vem e apenas a Severino Cabral está sem data para finalizar sua reforma".
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