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VIDA URBANA

Antigo lixão em JP está recebendo resíduo orgânico, diz promotor

Ministério Público fez vistorias no local e constatou irregularidades. O problema foi comunicado à Sudema e a Emlur disse desconhecer o fato.

Publicado em 07/08/2010 às 18:03

Natália Xavier
Do Jornal da Paraíba


Extinto há sete anos, o local onde funcionava o ‘Lixão do Róger’ está recebendo lixo orgânico novamente conforme o coordenador da equipe Especializada do Meio Ambiente e Urbanismo do Ministério Público da Paraíba, promotor José Farias.

O promotor informou que há um ano realizou uma inspeção no local e verificou que lá ainda estavam chegando caminhões contendo resíduos orgânicos. “Esta situação acontecia e continua acontecendo. Digo porque não fiquei sabendo através de denúncias e sim porque fui lá e verifiquei”, afirmou.

Conforme José Farias, o lixo estaria sendo destinado a um posto de coleta seletiva que existe no local do antigo lixão. O problema é que para o local não estaria sendo levado apenas o material reciclável, mas também lixo orgânico. “Caminhões chegam cheios de lixo para os catadores fazerem a separação lá dentro (da área onde funcionava o lixão), depois que o lixo é separado, o caminhão volta e pega os que os catadores não querem. Isto é totalmente irregular e ilegal. Era para o reciclador receber somente o lixo reciclável que já deveria ser separado antes da entrega”, comentou.

Para o promotor, o maior problema deste tipo de prática seria a proliferação de doenças. “Levar o material reciclável misturado com o lixo orgânico é um risco à saúde não só do reciclador, mas de toda a população. Existem 100 doenças que têm como foco os lixões, a dengue é uma delas”, frisou o promotor José Farias acrescentando que a prática dos caminhões levarem o lixo misturado aos postos de coleta seletiva são uma prática em toda a cidade. “Eu diria que em João Pessoa não existe coleta seletiva porque isto que é feito não está certo. A coleta seletiva deve começar nas casas quando as pessoas fazem a separação do material reciclável e isto eu não vejo em João Pessoa”, afirmou.

O problema já teria sido comunicado à Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) para que fossem tomadas as soluções cabíveis. “Após a inspeção, enviei relatório à Sudema para que a situação pudesse ser resolvida”, informou. Entretanto, a diretora técnica da superintendência, Ana Lúcia Espínola, afirmou que não tinha informações sobre o assunto, mas que iria verificar o caso.

A responsabilidade da área de 17 hectares onde funcionava o lixão é da Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur). O diretor de Operações Técnicas da Emlur, Orlando Soares, afirmou que todas as atividades do ‘Lixão do Róger’ foram suspensas com a inauguração do aterro sanitário e que atualmente somente material reciclável estaria entrando no local. “Desconheço qualquer coisa no sentido de lixo orgânico estar sendo levado para lá. A Emlur é quem faz a coleta de lixo em João Pessoa e todo resíduo nosso é levado para o aterro sanitário”, disse. “O que existe no Róger é um posto de coleta seletiva que já recebe o material depois que é feita a triagem e que só fica material reciclável”, complementou.

Criação de parque

À época da extinção do Lixão do Róger, foi anunciada a construção de um parque na área que antes servia para o acúmulo de resíduos. A população que mora nas proximidades da área, no entanto ainda espera e diz que nada foi feito. “Acabaram com o lixo e com isto acabou o mau cheiro e a sujeira, mas disseram que iam fazer um parque aqui e até agora nada foi feito. Animais continuam espalhados, buracos estão abertos e a área está coberta por mato”, comentou o pedreiro Francisco Fernandes, que mora há cinco anos em um pequeno barraco nas proximidades do antigo ‘Lixão do Róger.’ “Se construíssem um parque ou uma creche aqui seria muito bom. Mas fica o espaço todo aí sem ter nada”, acrescentou.

O diretor de Operações Técnicas da Emlur, Orlando Soares, informou que atualmente nada pode ser construído na área porque antes é preciso descontaminar a área. “Estamos concluindo a remediação da área e este não é um trabalho rápido. Ali tinha lixo acumulado há mais de 50 anos. Primeiro precisamos drenar a área e retirar o chorume. Nós já temos três células, mas ainda falta construir mais duas”, explicou.

Conforme Orlando, a previsão para que seja concluída descontaminação do solo é de dois anos. Somente após este procedimento é que poderá ser desenvolvido um outro projeto no local. “Este trabalho precisa ser feito em primeiro lugar por causa da saúde da população”, frisou.

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Jornal da Paraíba

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