VIDA URBANA
Apenas João Pessoa e CG têm Centros de Controle de Zoonoses
Centros são responsáveis pela prevenção e controle de doenças em animais de rua, evitando que população seja contaminada.
Publicado em 04/07/2012 às 6:00
Os Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) são unidades de saúde pública que têm como atribuição fundamental prevenir e controlar as doenças de animais que vivem nas ruas para que não atinjam a população. Contudo, na Paraíba, de acordo com a Vigilância Ambiental do Estado, apenas em Campina Grande e João Pessoa existem unidades dessa natureza, o que deixa o restante do Estado sem prestar uma assistência necessária à qualidade de saúde pública, devido aos problemas causados pela presença demasiada, principalmente, de cães e gatos em via pública.
Foi o que explicou a diretora de Vigilância Ambiental e Zoonoses de João Pessoa, Nara Arruda, que afirmou que a unidade da capital recebe diariamente cerca de 20 animais, em sua maioria gatos, onde são acolhidos durante três dias a espera dos donos.
“Nós não temos condições de acolher esses animais por muito tempo. Nós analisamos o estado de saúde deles para saber se algum está doente e aguardamos o prazo legal para que os donos venham buscá-los. Caso passe esse prazo, eles são encaminhados para a eutanásia”, confirmou Nara.
Em Campina Grande, onde há uma lei que proíbe a morte dos animais acolhidos pelo Centro de Zoonoses municipal, existem quase 150 bichos acolhidos, sendo 120 deles distribuídos entre cães e gatos. O restante são equinos capturados nas ruas, em sua maioria, com algum ferimento grave. Como explicou o diretor do órgão, Fernando Grosso, a unidade tem feito o possível para controlar o número de animais nas ruas e têm sido organizados eventos de adoção de animais para diminuir o número dos que estão morando no local.
Uma das principais cidades do Sertão paraibano, Patos, que conta com uma população superior a 100 mil habitantes, tem enfrentando problemas por não ter em funcionamento um Centro de Zoonoses. De acordo com a médica veterinária Ana Rosalina, o número de gatos e cães que estão concentrados nos arredores do cemitério do bairro de Geraldo Carvalho e do Mercado Público é preocupante. “Quem passa pelos cemitérios e o mercado da cidade fica preocupado com o número de animais que foram soltos nessas áreas. As pessoas que criam gatos, por exemplo, não querem ficar com os recém-nascidos e acabem jogando nesses locais”, disse a veterinária, que alertou para o crescente número de mortes por envenenamento desses bichos no município.
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