VIDA URBANA
Apesar da terceirização, prefeitura exige atrações que devem cantar no São João de CG
Conforme edital, empresa que vai gerir a festa deve contratar artistas escolhidos pela gestão municipal.
Publicado em 22/03/2017 às 10:52
A empresa vencedora do processo licitatório para gerir o São João de Campina Grande vai ter que contratar as atrações exigidas pela prefeitura municipal. De acordo com o edital, caso a ganhadora não consiga contratar o artista exigido, deve fazer a contratação de uma atração nos mesmos padrões e elaborar uma justificativa por escrito que vai ser analisada pela prefeitura. A única empresa que continua na disputa pela organização é a Aliança Comunicação e Cultura Ltda, que ganhou a primeira etapa da concorrência. Este ano, a festa acontece de 2 de junho a 2 de julho.
A obrigatoriedade de se contratar atrações predefinidas está prevista no tópico 26.2 do edital 2.07.001/2017 e a prefeitura também anexou quais seriam os artistas que devem se apresentar na edição 2017 d'O Maior São João do Mundo. Entre os nomes estão Aviões do Forró; Marília Mendonça; Elba Ramalho, Zé Ramalho; Padre Fábio de Melo; Wesley Safadão; presentes no chamado 'Grupo A' de artistas. No 'Grupo B' estão Solange Almeida; Solteirões do Forró; Mastruz com Leite e outros; Além disso, também foi definido o 'Grupo C' com Waldonys; Biliu de Campina; Genival Lacerda; entre outros.
Anexo do edital mostra quais artistas devem se apresentar no São João de Campina Grande
Conforme o edital, os shows nas segundas e terças-feiras são facultativos mas devem manter o caráter religioso. Já nas quartas, quintas e domingos a festa deve ter a apresentação de pelo menos duas atrações. Já de uma maneira mais específica, os shows das sextas e sábados devem acontecer com pelo menos três atrações previstas nos grupos A e B, conforme exigência do edital, que prevê ainda os Trios de Forró que devem se apresentar nas ilhas.
No edital, também foi anexada uma programação que deve servir de referência para que a empresa gestora do São João elabore a programação oficial. A prefeitura também exige que não seja cobrado nenhum valor para que as pessoas entrem na festa e as taxas cobradas para a instalação de bares e restaurantes no Parque do Povo só possa ser 7% maior do que no ano passado.
A festa realizada na modalidade Parceria Público Privada (PPP) deve evitar, ainda, os atrasos nos pagamentos dos cachês dos artistas, como foi no caso do ano passado. Algumas cobranças foram feitas publicamente através das redes sociais e a prefeitura elaborou um cronograma de pagamento. Em dezembro de 2016 o cantor Genival Lacerda denunciou que ainda não havia recebido o pagamento do show e em janeiro deste ano a prefeitura informou que liberou cerca de R$ 500 mil para pagar os cachês atrasados.
Conforme explicou o secretário de Administração do Município, Paulo Roberto Diniz, a festa deve manter o mesmo padrão das edições anteriores e esse ano a prefeitura vai gastar cerca de R$ 6 milhões a menos do que no ano passado, quando foram gastos cerca de R$ 9 milhões. “A empresa vai receber R$ 3 milhões da prefeitura, mas o diferencial é que toda a arrecadação da festa vai ser destinada para a empresa e não mais para o município”, explicou.
Coletiva
Na próxima segunda-feira (27), quando se encerra formalmente o processo licitatório para a escolha da empresa vencedora, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, agendou uma coletiva de imprensa. Na oportunidade, Romero pretende apresentar todos os detalhes que cercam o novo modelo de Parceria Público Privada (PPP) para um dos maiores eventos públicos da Paraíba, inclusive inovações em relação ao layout da festa.
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