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VIDA URBANA

Apesar de calçadas e sinalização precárias, João Pessoa tem o melhor resultado do Nordeste

Capital paraibana obteve melhor nota quanto à largura da calçada e pior por falta de mapas.

Publicado em 20/09/2019 às 17:18 | Atualizado em 21/09/2019 às 12:19


                                        
                                            Apesar de calçadas e sinalização precárias, João Pessoa tem o melhor resultado do Nordeste
Foto: Ascom/Secom-JP

Dados de um estudo realizado pela ONG Mobilize Brasil, envolvendo as 27 capitais brasileiras, divulgados nesta quinta-feira (19), revelam que, apesar de problemas de acessibilidade, sinalização, conforto e segurança, João Pessoa figura na melhor posição entre as capitais nordestinas  e ficou em oitavo em todo o país no quesito infraestrutura e acessibilidade das calçadas. Com nota 6,23, a capital paraibana superou a média nacional, que foi de 5,71.

O estudo foi realizado entre os meses de março e julho deste ano em ruas de grande circulação de pessoas a pé, como hospitais, escolas, mercados, terminais de transportes, edifícios da administração pública, praças e parques, entre outros.

A descontinuidade dos passeios, aliada à falta de manutenção desse equipamento pelo poder público, foram os principais problemas observados pela arquiteta Jéssica Gomes de Lucena, que em duas semanas fez os levantamentos em 20 locais da capital da Paraíba.

Durante as visitas, foram atribuídas notas de zero a dez para 13 itens considerados na pesquisa: regularidade do piso, largura da calçada, inclinação, existência de barreiras e obstáculos, condições de rampas de acessibilidade, faixas de pedestre, semáforos de pedestres, mapas e placas de orientação, arborização e paisagismo, mobiliário urbano, poluição atmosférica, ruído urbano e segurança.

Nos locais avaliados, a cidade obteve média 7,40 no item Regularidade do piso, e 8,05 no quesito Largura da calçada,

fundamentais à circulação a pé. Os itens que revelaram maiores carências foram: Semáforo de pedestres (3,65) e existência de Mapas (1,65), embora recentemente a cidade tenha inaugurado alguns totens informativos. “Na maioria das vias, a sinalização existente se destina a orientar motoristas, não o pedestre. E mesmo os novos totens com mapas de orientação não são acessíveis a deficientes visuais”, diz a avaliadora.

A especialista também destaca outro ponto negativo, nos semáforos de pedestres no Centro: o pequeno tempo para a travessia, que dificulta a circulação de idosos e pessoas com deficiência. Mobiliário urbano para descanso, como bancos, também são raros em João Pessoa. Nesse item a cidade obteve média 5,15.

As melhores notas de João Pessoa foram atribuídas aos quesitos inclinação, largura total e da faixa livre, regularidade do piso, segurança, faixas de pedestre, barreiras e obstáculos. A capital recebeu nota 6,96 no quesito acessibilidade, 4,79 quanto à sinalização, 5,30 quanto ao conforto e 7,30 no item segurança.

Melhores e piores locais

De acordo com o levanto do Mobilize Brasil, as melhores calçadas são as do Lyceu Paraibano, com nota 8,70; o Mercado de Mangabeira (8,37) e o Mercado Central (8,20). Em contrapartida, obtiveram as piores avaliações as calçadas do Mercado de Tambaú (3,07), da Emef Nazinha Barbosa (3,80) e do Hospital Napoleão Laureano (4,03).

Os resultados serão entregues aos prefeitos e outras autoridades envolvidas na construção e manutenção dessa infraestrutura básica para as cidades.

Avaliação da PMJP

A secretária de Planejamento, Daniella Bandeira, avaliou o resultado do estudo como positivo para a capital paraibana. “Em uma cidade antiga como João Pessoa, que já passou por diversos processos de renovação da infraestrutura, obter estes resultados é muito positivo para a atual gestão, pois demonstra que o planejamento que o prefeito Luciano Cartaxo executa e o olhar diferenciado para a questão da acessibilidade está trazendo resultados”, afirmou.

Além do trabalho na recuperação de calçadas, Daniella Bandeira disse que todos os novos projetos executados na capital têm um foco específico na acessibilidade. Nas obras do programa Mais Pavimentação, por exemplo, além da drenagem e implantação do calçamento, todas as vias já recebem calçadas padronizadas respeitando todas as normas. E rampas de acessibilidade, pisos táteis, placas de sinalização, estão sendo instaladas em diversos pontos da cidade com grande fluxo de pedestres.

Desobstrução de calçadas

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) também tem realizado um trabalho de desobstrução das calçadas em áreas estratégicas da cidade, como a região central e mercados, como o Mercado Central, apontado com o pior pelo estudo, de Oitizeiro e de Jaguaribe, ações de ordenamento urbano e liberação do passeio público. Após a retirada dos comerciantes informais, as calçadas são ocupadas pelos agentes da Sedurb de maneira pacífica para impedir nova ocupação e eles são orientados a procurar o órgão para regularizar a situação e poderem ser relocados para espaços adequados ao comércio.

“Estamos dando prioridade ao restabelecimento total do passeio público para os pedestres, conforme o Código de Postura do Município, retirando ambulantes e placas de publicidade espalhadas pelas calçadas que criavam barreiras, sobretudo, para as pessoas com mobilidade reduzida, diminuindo também a poluição visual”, afirmou o secretário Zennedy Bezerra.

De acordo com o Mobilize Brasil, cerca de 30% das viagens cotidianas são realizadas a pé e as calçadas funcionam como um “sensor” da qualidade de urbanização de uma cidade. Elas são feitas para todas as pessoas e demandam pavimentos bem nivelados, sem buracos, bem iluminadas e dotadas de rampas de acesso para cadeiras de rodas. Além disso, devem ser largas, sempre que possível, protegidas por arborização e complementadas por faixas de segurança, semáforos e placas de sinalização.

Imagem

Angélica Nunes

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