VIDA URBANA
Após 18 dias internada, morre bebê com calazar na Capital
Emylli Vitória tinha oito meses. Seus primeiros sintomas foram palidez e inchaço abdominal, mas também vinha apresentando suspeita de pneumonia.
Publicado em 08/08/2010 às 14:28
Da Redação
Morreu na madrugada deste domingo (8), por volta das 2h30, a bebê Emylli Vitória Monteiro Dantas, de oito meses. Ela estava internada desde o dia 21 de julho no Hospital Infantil Arlinda Marques, com calazar e suspeita de pneumonia. Na última sexta-feira (6) havia sido transferida para o Amip, onde estava dando continuidade ao tratamento médico, mas chegou a óbito. Este é o sétimo caso de calazar diagnosticado na Paraíba apenas este ano, somando três mortes provocadas pela doença.
No momento da primeira internação, a bebê apresentava palidez e inchaço abdominal, plaquetopenia (diminuição das plaquetas) de 15 mil por microlitro de sangue, quando no normal seriam pelo menos 150 mil. Acredita-se que a paciente tenha contraído a doença na região onde mora, no Bairro das Indústrias.
Entenda a doença
A leishmaniose ou calazar é uma doença causada por um protozoário denominado Leishmania, transmitida por um mosquito que pica o animal doente e em seguida pica o homem. Os sintomas mais comuns são: manchas no corpo, febre, anemia, palidez acentuada e inchaço abdominal .
O tratamento é de 20 dias de medicamentos e vacinas. Geralmente, pacientes são liberados, passam 30 dias em repouso em casa e retornar para fazer um novo exame na medula. Se não for detectada a presença de parasitas, ele recebe alta. Caso ainda haja algum protozoário do tipo 'leishmania' na medula, o paciente deverá ser submetido a um novo ciclo de tratamento. A doença não é epidêmica, sazonal, nem contagiosa.
O chefe de controle de zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde, Assis Azevedo, esclareceu que o cão é o reservatório natural da doença, mas os casos em humanos não acontecem apenas em famílias que têm um animal infectado em casa.
Atualizada às 15h40.
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