VIDA URBANA
Após 70 dias sem contraproposta, delegados alertam para nova greve
Categoria aguarda contraproposta salarial do Governo Maranhão para próxima segunda (25). Uma dia depois, delegados analisam se aceitam ou se voltam à greve.
Publicado em 19/05/2009 às 13:33
Karoline Zilah
Após aguardar 70 dias por uma contraproposta salarial e ter a reunião adiada com o secretário de Administração, Antônio Fernandes, os delegados de Polícia Civil da Paraíba marcaram para um dia depois da audiência uma assembleia geral que vai analisar se a categoria aceita valor ou se volta ao estado de greve.
Assim que assumiu a secretaria de Segurança e Defesa Pública, Gustavo Gominho solicitou aos delegados um prazo de 70 dias para que o novo governo apresentasse uma contraproposta. Acontece que o esperado dia deveria ser esta quarta-feira (20), mas acabou sendo adiado para a próxima segunda-feira (25) devido a uma viagem do secretário.
“A gente só aceitou dilatar esse prazo por conta do empenho de Gominho em prol da categoria”, explicou Cláudio Lameirão, presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia Civil da Paraíba (Adepdel).
No entanto, ele alerta que a categoria está “chateada” com a situação e que o novo prazo é improrrogável, não devendo ser adiado novamente nem a pedido do governador José Maranhão (PMDB). “Em 80 dias, ninguém formulou uma proposta”, comentou, antecipando que um dia depois da reunião com os secretários do Estado a associação vai avaliar se aceita ou não a contraproposta e se volta à greve.
Segundo Lameirão, a categoria não está inflexível e admite negociação. A proposta feita pelos delegados ao Governo é de paridade salarial com os procuradores estaduais ou com os delegados do Rio Grande do Norte. O valor pedido varia entre R$ 8 mil e R$ 9,1 mil. Atualmente, a renda inicial de um delegado de Polícia Civil na Paraíba está em R$ 5,3 mil, salário que, segundo eles, é o menor do país.
Os profissionais recusaram a proposta feita pelo ex-governador Cássio Cunha Lima de antecipação de um aumento de 20% que já estava garantido para outro período do ano e que seria parcelado em quatro vezes.
A assembleia geral que vai decidir sobre o retorno à greve acontece na próxima terça-feira (26), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Campina Grande.
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