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VIDA URBANA

Malária: Saúde orienta moradores do Conde a evitarem doação de sangue por um mês

Dois pacientes contraíram doença na cidade; os primeiros registros de 2019 na PB.

Publicado em 09/04/2019 às 8:14 | Atualizado em 09/04/2019 às 13:29


                                        
                                            Malária: Saúde orienta moradores do Conde a evitarem doação de sangue por um mês

				
					Malária: Saúde orienta moradores do Conde a evitarem doação de sangue por um mês
Malária é transmitida pelo mosquito Anopheles (Foto: Reprodução).

Os moradores do Conde, na Região Metropolitana João Pessoa, devem evitar doação de sangue durante um mês, por conta do registro de dois casos de malária na cidade. A medida de prevenção é uma orientação da Secretaria de Saúde da Paraíba. O órgão, a princípio, chegou a informar que o prazo era de um ano, mas no início da tarde desta terça-feira (9) corrigiu a informação anterior. O prazo de um ano, no entanto, segue valendo para quem passar por tratamento contra a malária.

Os casos, registrados na semana passada, foram os primeiros da doença no estado em 2019. A Paraíba não é área endêmica para a doença.

O primeiro caso foi de uma mulher de 35 anos moradora do Conde. O segundo paciente resgitrado foi um homem de 53 anos, que mora na cidade de Tavares, mas trabalha no município da Região Metropolitana de João Pessoa. Os dois passam por tratamento no Hospital Universitário Lauro Wanderley, na capital.

A Secretaria de Saúde do Conde acredita que pode ter sido no período do carnaval que alguém tenham chegada com a doença na cidade, foi picado por um mosquito e o inseto acabou transmitindo a malária no município.

Nesta segunda-feira (8), a Secretaria de Saúde do estado divulgou um calendário de intensificação das ações de combate à malária. O órgão disse que vem disponibilizando técnicos qualificados para a ação de busca ativa de novos casos, realizando capacitação dos profissionais do Conde para técnica do teste rápido e coleta de lâminas. Até o momento, os resultados têm sido negativos.

No Conde, foi realizada a busca ativa na casa onde moram venezuelanos e todos os testes também deram negativo. As equipes da SES estão trabalhando em regime de plantão, nos fins de semana, para oportunizar a detecção dos casos, por meio de equipes no território e ainda está sendo feita ação, em nível estadual, pela Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (Gevs), para esclarecimentos, regulação dos fluxos, nas suspeitas de novos casos.

“A SES apoia e monitora, junto ao município do Conde, as ações apresentadas, bem como permanecerá implementando demais atividades quando necessário”, disse a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Talita Tavares.

Na quarta-feira (10), no Conde, terá uma ação de educação em saúde, com divulgação das informações de sintomas iniciais para a comunidade; na quinta-feira (11), às 9h, haverá um manejo clínico, com uma infectologista, para os médicos e enfermeiros daquele município, para a detecção e condução de caso suspeito de malária.

A doença

A Paraíba não é área endêmica para a malária, porém possui quatro espécies de vetores do gênero anophelis: anophelis aquasalis; an. albitarsis; an.bellator e an. argyritarsis

De 1994 a 2018, foram notificados, na Paraíba, 175 casos suspeitos de malária. Destes, 70 são de pacientes residentes na Paraíba e todos foram registrados como casos importados, ou seja, pessoas que se deslocaram para regiões endêmicas, foram infectadas e retornaram para o estado de residência. Nenhuma morte foi registrado.

Por isso, a SES enfatiza que os casos em questão são os primeiros notificados na Paraíba em 2019, sendo estes autóctones (originários do local em que habita) e sem histórico de transfusão sanguínea.

Imagem

Jhonathan Oliveira

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