VIDA URBANA
Após confusões no Roger, mais de 600 presos ficam sem visitas
Por conta da descoberta dos túneis, sendo um deles de 50 metros, e ainda a morte de cinco detentos, o diretor do presídio do Roger suspendeu as visitas até 20 de janeiro.
Publicado em 28/12/2010 às 17:05
Da Redação
Por conta da descoberta de mais um túnel esta semana, o diretor do Presídio do Roger, na Capital, suspendeu as visitas do fim de ano e as de janeiro para os 650 presos. Somente neste mês de dezembro, foram encontrados dois túneis, sendo um deles de 50 metros de extensão, e aconteceram cinco mortes de detentos.
Segundo Irênio, os presidiários dos pavilhões 2, 3 e 4 estão privados das visitas até a conclusão do inquérito aberto na Polícia Civil. O caso está nas mãos do delegado Marcos Vasconcelos, da Delegacia de Homicídios, e deve ser entregue em 20 de janeiro de 2011.
O delegado adiantou que as investigações em relação às mortes dos detentos estão avançadas. “Temos fortes indícios da autoria do crime, mas não podemos divulgar ainda, pois as investigações são melindrosas e outras pessoas podem correr risco de morte”, explicou.
No último dia 19, cinco detentos foram assassinados no presídio. Os corpos foram encontrados nos pavilhões 2 e 3, depois do horário de visitas. Marcos Vasconcelos afirmou que as mortes têm ligação com a descoberta do túnel de 50 metros, três dias antes da chacina.
“Eles teriam 'cabuetado' o túnel e acabaram morrendo”. Ainda segundo o delegado, um grupo de aproximadamente oito pessoas teria envolvimento nos homicídios.
O inquérito está previsto para ser entregue no dia 20 de janeiro, mas Marcos Vasconcelos acredita que o relatório poderá ser concluído antes. Até lá os 650 detentos devem ficar sem as visitas.
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