VIDA URBANA
Após flagra em Pernambuco, Paraíba vai fiscalizar 'sacoleiros'
Decisão foi tomada após Receita Federal ter flagrado lençóis usados em hospitais dos Estados Unidos que seriam vendidos em Santa Cruz do Capibaribe.
Publicado em 18/10/2011 às 8:00
As equipes de Vigilância Sanitária do Estado e de João Pessoa vão intensificar a fiscalização, sobre o comércio na Paraíba, de produtos oriundos de Santa Cruz do Capibaribe (PE), localizada a 180 quilômetros de Recife. As informações são dos secretários de Saúde do Estado, Waldson Dias Souza, e de Roseane Meira, do município. Eles tomaram a decisão, após a Receita Federal ter flagrado no porto de Suape, em Pernambuco, contêineres com lençóis sujos usados em hospitais dos Estados Unidos. O material considerado lixo hospitalar estaria sendo vendido em lojas de Santa Cruz do Capibaribe, cidade que integra o polo de confecções pernambucano, como mercadoria nova.
A preocupação das autoridades paraibanas aumentou porque o município é bastante procurado por vendedores autônomos de João Pessoa, chamados de “sacoleiros”. Eles costumam realizar excursões a Santa Cruz do Capibaribe para comprar produtos a preços baixos e revendê-los na Paraíba. Outro motivo de alerta é a proximidade da Paraíba com Pernambuco, já que os Estados fazem divisa.
“Isso é uma situação grave. Vou determinar de imediato que a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) entre em contato com as equipes de vigilância sanitária de Pernambuco para pedir informações sobre o caso e saber até onde a Paraíba está o sob o mesmo risco de sofrer esse problema”, declarou Waldson de Souza.
A secretária Roseane Meira também afirmou que vai acionar as equipes de vigilância sanitária para ficar atentas sobre esse assunto. Mas, destacou que a fiscalização sobre o comércio de “sacoleiros” é difícil, porque eles não atuam em locais fixos.
O presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wilbur Jácome, disse que a possibilidade do lixo hospitalar chegar à Paraíba através do porto de Cabedelo é mínimo. Ele explicou que o local não recebe mercadorias em contêineres. “A Paraíba só recebe navio com mercadorias soltas, como areias, granitos, matéria-prima de cimento”, detalhou. (Com informações de Luzia Santos).
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