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VIDA URBANA

Após greve, bancos têm longas filas

Antes mesmo do início do funcionamento, já havia muitas filas em frente às agências, que reabriram após 21 dias de greve.

Publicado em 19/10/2011 às 6:30

Clientes tiveram que esperar por até três horas para serem atendidos ontem nos bancos de João Pessoa. Antes mesmo do início do funcionamento, já havia muitas filas em frente às agências, que reabriram após 21 dias de greve. Funcionários foram remanejados de outros setores para reforçar o atendimento ao público. Mesmo assim, houve muitas filas e transtornos.

O Procon de João Pessoa considerou a situação normal e não vai multar os bancos nesta semana. No final da tarde de ontem a Caixa Econômica Federal (CEF) informou que ampliará o atendimento em uma hora, todos os dias, até o dia 28.

O eletricista Josinaldo Gomes da Silva foi um dos primeiros a entrar em um banco ontem. Com a senha nas mãos, ele mostrou o horário que chegou à Caixa Econômica Federal, do Parque Solón de Lucena: 9h09. Entrou, sentou e esperou por três horas para ser atendido. “Saí do banco ao meio-dia em ponto. Tem uma lei aí que diz que a gente não pode esperar na fila, mas acho que isso aqui não serve de nada”, desabafou
A dona de casa Patrícia Medeiros também reclamou do atendimento. Ela perdeu o cartão magnético do Programa Bolsa Família e ficou sem condições de sacar o dinheiro do benefício, durante a greve dos bancos. “Cheguei aqui bem cedo. Mas tem muita gente. É um transtorno, mas não tem outro jeito. Já sei que vou passar o dia todo aqui”, declarou.

Já a comerciante Aline Samara Araújo não pagou contas com atraso, porque retirou segunda via de tudo pela internet. Mas, teve os negócios da loja dela prejudicados por falta da compensação dos cheques. “Recebi uns seis cheques, no valor de R$ 1 mil, mas tive condições de fazer a compensação. O dinheiro ficou parado”, lamentou.

Maiores transtornos ocorreram nos setores de financiamento de imóveis. Durante a greve, os bancos suspenderam todos os prazos estipulados em contrato. Apesar disso, não impediu que clientes tivessem prejuízos. O construtor Josinaldo Vasconcelos paralisou a construção de uma casa própria devido à mobilização dos bancários. “Eu vendi uma casa através de financiamento da Caixa, mas não recebi o dinheiro, por causa da greve. Por isso, fiquei sem capital de giro e tive que quase parar a construção de uma segunda casa”, afirmou.

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Jornal da Paraíba

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