Após interdição, serviços do IPC são transferidos para outros locais; confira

Após interdição total do prédio do Instituto de Perícia Científica (IPC) de João Pessoa, na última sexta-feira (23), o corpo de um homem morto, na manhã deste sábado (24), no Ponto de Cem Réis, Centro da capital, será o primeiro a ser transportado para Instituto Médico legal (IML) de Campina Grande. De acordo com o diretor do órgão, Israel Aureliano, devido a interdição outros serviços ficarão suspensos, como é o caso da emissão da 2ª via de qualquer documento.

"Nós realocamos os setores que davam para se encaixar em outros locais, a emissão da 2ª via dos documentos não terá como ser realizada, a população deverá esperar a volta dos trabalhos no IPC para que só assim possamos voltar a emitir os documentos", afirma israel Aureliano.

Segundo o diretor do IPC, além do IML e a emissão de documentos, os exames que são realizados em laboratórios do órgão também estão suspensos em João Pessoa. "A nossa equipe irá até o local de crime, vamos realizar a coleta dos materiais, mas os exames só poderão ser realizados quando os laboratórios voltarem a funcionar. Por enquanto, estão fechados", diz.

Os familiares das vítimas que tiveram o corpo transportado para Campina Grande, deverão procurar a permanência do IML na sede da Academia de Polícia (Acadepol), em Jacarapé, e levar toda a documentação da vítima para realizar o reconhecimento. A retirada dos corpos pelos familiares será realizada a partir deste sábado (24) no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), localizado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em João Pessoa, das 17h às 22h.

“Todos os corpos que estamos trazendo estão plenamente identificados. Trazemos apenas aqueles que os familiares procuram com a toda a documentação da vítima e de quem vai receber o corpo, não temos como trazer aqueles que não há identificação, pois não há onde armazenar", afirma o diretor do IPC.

Entenda o caso

Esta é a segunda interdição do prédio do IPC em apenas um mês. A primeira interdição aconteceu no dia 7 de março, após uma fiscalização do Ministério Público do Trabalho (MPT) na sede do órgão, onde foram encontradas diversas irregularidades na instituição.

No dia 13 de março, uma semana após o pedido de interdição, foram iniciadas as obras no prédio. De acordo com o diretor do IPC, as mudanças serão realizadas com o objetivo de corrigir os problemas apontados pelo MPT no prédio da Instituição.

Ainda no dia 13 de março, a Justiça do Trabalho suspendeu a interdição do prédio do IPC por 120 dias.Com a decisão, alguns serviços voltaram a ser realizados no prédio até a última quinta-feira (22), quando o prédio voltou a ser interditado pelo TRT.

Segundo o diretor do IPC, Israel Aureliano, apesar da segunda interdição no prédio, as obras que já iniciaram serão concluídas e a perspectiva é que novas correções sejam iniciadas. "Eu prefiro dizer que esperamos que isso aconteça porque dependemos do procedimentos da Secretaria de Segurança da Paraíba, estamos simplesmente fechados até tomarmos soluções para resolver essas demandas apontadas pelo Ministério Público do Trabalho", afirma.

Confira onde estão funcionando os serviços:

Identificação Criminal: em plantão de 12h na Central de Polícia, localizada no bairro do Geisel.

Identificação Civil: o setor de atendimento à população está funcionando na Casa da Cidadania, no bairro de Jaguaribe, das 8h ás 17h30. O setor de emissão de 2ª via de documentos está suspenso devido a interdição no prédio do IPC.

Laboratórios: fechados. A coleta do material é realizada no local de crime, porém a realização dos exames está suspensa até o fim da interdição IPC.

Núcleo Criminalística: a área do plantão continua na Acadepol, junto com o alojamento dos plantonistas. Já os laboratórios do setor estão fechados.

IML: o setor de identificação está funcionando na Acadepol em regime de plantão. Já o de necropsia foi transferido para a sede do IPC em Campina Grande.

Primeiro corpo a ser transportado para CG

Na manhã deste sábado (24), um homem morreu ao tentar prender outro homem que estava fazendo assaltos no Centro de João Pessoa. De acordo com o segurança da área, a vítima é um trabalhador e foi morto, no Ponto de Cem Réis, a facadas pelo suspeito, que foi preso no local.