VIDA URBANA
Após um mês, termina a greve dos professores em João Pessoa
Servidores da rede municpal de Educação decidiram voltar às atividades em assembleia realizada hoje; motivo foi decisão da Justiça de cortar ponto dos profissionais.
Publicado em 14/04/2015 às 16:55
Os servidores municipais de Educação decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (14) na Federação Espírita da Paraíba, por encerrar a greve deflagrada no dia 11 de março. Com a decisão, 8.500 profissionais devem retornar às salas de aula do município.
De acordo com o assessor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (SintemJP), Valberto Azevedo, a decisão pelo fim da greve foi tomada em uma assembleia tumultuada, já que um grupo defendia a continuação do movimento. A maior parte dos votos, entretanto, foi pelo fim da paralisação.
Segundo Valberto, o principal motivo para o retorno às atividades foi a decisão da desembargadora Maria das Graças Morais, publicada nesta segunda-feira (13), de cortar o ponto dos professores que não retornassem às atividades.
O assessor ressaltou, entretanto, que o sindicato irá continuar com um processo junto à Justiça para tentar assegurar as reivindicações do movimento e recorrer da decisão. "A assessoria jurídica continuará buscando judicialmente o reconhecimento da legalidade do movimento", informou ele. "Só vamos voltar aos trabalhos em obediência e respeito ao tribunal", ressaltou.
Para o secretário de Articulação Política e Governamental da prefeitura, Adalberto Fulgêncio, o momento é de retomar o calendário letivo. "Não há mais o que se discutir no que concerne a greve", afirmou. "Só lamentamos que essa decisão do sindicato tenha sido tomada apenas após a decisão da Justiça", disse ele.
Greve durou 33 dias
Deflagrada no dia 13 de março, a greve dos servidores municipais durou pouco mais de um mês. Os professores reclamam, dentre outros pontos, um reajuste salarial de 13,01%; a prefeitura ofereceu um aumento de 3%. Várias manifestações foram realizadas no Centro da capital e os servidores ocuparam o Centro Administrativo duas vezes e a Câmara Municipal.
No dia 30, uma decisão judicial da desembargadora Maria das Graças decretou a ilegalidade do movimento; o sindicato recorreu da sentença e decidiu continuar com a paralisação. O despacho desta segunda-feira autorizando o corte do ponto foi deliberado após um pedido da Prefeitura de João Pessoa.
Nas últimas duas semanas, a prefeitura afirmou que os professores já retornavam às atividades - fato contestado pelo Sindicato, que alegou que apenas os profissionais em estágio probatório reassumiram seus postos. Cerca de 60 mil estudantes ficaram sem aulas durante o período de paralisação.
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