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VIDA URBANA

Após vencer câncer, mulher encontra motivação no artesanato

Artesã de 57 anos se curou e passou a produzir peças decorativas com sucata. 

Publicado em 29/10/2016 às 15:40

Fazer da profissão a alternativa para não se entregar ao câncer e encontrar a motivação para continuar lutando pela vida. Foi dessa forma que a artesã Adília Rasia, 57 anos, enfrentou a dura batalha para se curar de um câncer de mama que descobriu em abril de 2011. Depois de passar por uma série de quimioterapias e ficar curada, dona Adília, que já fazia pinturas, começou a se dedicar na confecção de objetos decorativos feitos com sucata. Ela se redescobriu a partir dessa atividade, encontrando nela mais que uma fonte de renda, uma nova forma de lutar pela vida.

A artesã lembra que na comemoração de seu aniversário de 52 anos, em 17 de março de 2011. Conversando com a mãe e a única irmã, foi aconselhada a fazer exames para saber como estava a saúde. Só não esperava que aquela conversa fosse o início de um período que iria marcar e modificar sua vida por completo. Um mês depois, quando fez a primeira ultrassonografia, já havia sido alertada da possibilidade de um câncer na mama direita, o que foi comprovado com exames mais específicos no dia seguinte. “Dava para ver perfeitamente que já tinha alguma coisa errada”, contou.


No dia em que descobriu a doença, ela recorda que aquele resultado do exame parecia uma sentença de morte e que o primeiro desafio foi contar para a família. Não sabia explicar ao marido que agora ela e a família teriam um longo desafio pela frente. Ainda no carro, começou a falar com o ele sobre a descoberta do cẽncer. Ele, por sua vez, recebeu a notícia como uma triste surpresa.


O tumor já estava com 3 centímetros e, pela urgência, fez a cirurgia de retirada da mama no mês seguinte. A partir daí, foram seis meses de quimioterapia. Ao contrário do que se pode imaginar, Adília jamais questionou o fato de ter sido mais uma mulher a passar pelo problema. “Não tive essa revolta. Eu entendi que se não fosse comigo poderia ser com outra pessoa”, revelou, complementando que no período de tratamento conheceu pessoas que não conseguiram vencer a doença, o que lhe dava certo medo.


Em uma atitude de coragem, dona Adília nem esperou a reação química do tratamento e logo raspou ocabelo por conta própria. Fez do tratamento uma forma de ficar mais unida com a família. Após se curar, tentou voltar praticar pintura em tecidos, mas percebeu que havia perdido o interesse pela arte de pintar. Através do apoio de uma amiga, começou a montar objetos decorativos com sucata. Precisava de algo pra se ocupar, já que um dos efeitos dos medicamentos foi ficar deprimida.

Suas manhãs em casa agora são cheias de novos desafios para confeccionar as peças artesanais, que exige de dona Adília certa criatividade. O trabalho acontece em um corredor largo, onde ela montou seu próprio ateliê. “Artesanato representou um porto seguro para que eu me estabilizasse e tivesse sempre uma meta diária. Algo que eu pudesse me firmar, me sentir alguém e me sentir viva”, enfatizou.


Serviços referenciados para tratamento de câncer na Paraíba:


Hospital Napoleão Laureano – João Pessoa;
Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) – Campina Grande;
Hospital Universitário Alcides Carneiro – Campina Grande;


Saiba mais

Conforme o INCA, o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Ele também acomete homens, mas é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.

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Jornal da Paraíba

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