VIDA URBANA
Área se transforma em ponto de cultura
Serão promovidas apresentações culturais, a partir de 29 de agosto, com venda de alimentos e bebidas.
Publicado em 04/08/2014 às 12:00 | Atualizado em 04/03/2024 às 17:59
Para chamar a atenção da população para a importância do local, a Secretaria de Cultura de Campina Grande (Secult) vai transformar a área em um ponto de cultura. O projeto se chama “Campina de Outrora” e contará com a parceria da Associação Comercial de Campina Grande (ACCG), que é parceira do projeto. Serão promovidas apresentações culturais, a partir de 29 de agosto, com venda de alimentos e bebidas, para atrair o público e transformar o espaço em um ponto de encontro dos amantes das artes.
Segundo o secretário Lula Cabral, as apresentações serão realizadas em um palco móvel, que nos dias de show, será montado na praça Edvaldo do Ó. “No dia 29 de agosto vamos ter a apresentação dos cantores Eloisa Olinto, Biliu de Campina, Edglei Miguel e do espetáculo teatral 'O Ébrio'. A nossa intenção é despertar na população um clima de preservação daquela área e valorizar os artistas locais”, destacou. Segundo o presidente da ACCG, Álvaro Barros, a entidade está fazendo contato com empresários e comerciantes do setor de alimentos, incentivando-os a investir na área, no comércio de alimentos durante as apresentações.
Conforme o arquiteto e urbanista Pedro Roffi, técnico do Iphaep, não há no órgão nenhum processo em andamento para tombamento dos prédios históricos do Largo das Boninas, mas segundo ele, como parte do conjunto arquitetônico histórico, o lugar já é protegido de intervenções que modifiquem as fachadas originais. “O conjunto das Boninas está dentro da área de preservação de centro histórico, embora nenhum prédio seja tombado individualmente, por estar nesse conjunto, o setor possui uma proteção legal. Toda e qualquer intervenção precisa ser analisada, alguns imóveis até são passíveis, mas o Iphaep precisa ser notificado, para avaliar a viabilidade, isso se aplica a todo imóvel histórico”, esclarece.
O professor e sociólogo Noaldo Ribeiro, que faz parte da assessoria da Secult, diz que o “Campina de Outrora” não prevê intervenção nos prédios. “As estruturas ficarão intactas, aliás teremos o cuidado, com o auxílio de profissionais, de impedir ações de vandalismo contra os prédios. Esse projeto é um processo de ocupação artística, para que as pessoas comecem a perceber mais o tipo de arquitetura”.
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