Arquidiocese da Paraíba transfere 15 padres para novas paróquias

A Arquidiocese da Paraíba divulgou a transferência de 15 padres e o envio de três auxiliares para novas paróquias. As mudanças deverão ocorrer a partir de janeiro de 2016 e as posses ainda não têm data definida. Em nota, o arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Aldo Pagotto, se limitou a dizer que a transferência é um processo rotineiro e normal. A reportagem tentou o contato com ele para questionar quais os prazos de permanência nas paróquias e o porquê de algumas transferências terem ocorrido após poucos e outras após muitos anos de permanência nas igrejas, contudo não obteve êxito.

Conforme a nota da Arquidiocese da Paraíba, a definição das transferências ocorreu durante uma reunião do Conselho Presbiteral da Arquidiocese, na última quarta-feira. O arcebispo comentou, em nota, que a transferência dos padres é necessária para evitar a criação de comodismos. “É interessante que um padre, que desempenha um ótimo trabalho numa paróquia, possa levar essa experiência para outra comunidade. E assim em sequência: um padre passa para outra paróquia, e para outra, e para outra... É comum, rotineiro, e tem que ser assim até para não criar um possível comodismo”, comentou.

Ainda em nota, o arcebispo asseverou a preocupação com a insatisfação dos paroquianos, pedindo “paciência” aos fiéis. “Sabemos que alguns paroquianos, de início, podem ficar insatisfeitos, mas pedimos compreensão e paciência, porque as transferências são feitas por todos os bispos e arcebispos pensando no melhor para a Igreja e para o Povo de Deus. Mas temos certeza que todos vão ser bem acolhidos em suas novas casas”, disse dom Aldo.

Dentre os sacerdotes que serão transferidos está o cônego Egídio de Carvalho Neto. Pároco da Igreja de Nossa Senhora Aparecida, que fica no Bessa, em João Pessoa, há sete anos, ele agora regerá os fiéis da paróquia Santo Antônio de Lisboa, no bairro de Tambaú, também na capital. Ele revelou que, nos seus 22 anos de sacerdócio, já passou por seis paróquias diferentes, dentre as quais estão a paróquia da cidade de Mogeiro e da cidade de Salgado de São Félix.

Ainda de acordo com o cônego, apesar de existirem códigos dentro de cada diocese, a previsão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) determina que as mudanças de paróquia aconteçam a cada seis anos. “Hoje não acontece assim porque vão deixando, a comunidade gosta do padre, então quando passa dos 10 anos de paróquia fica mais difícil. Eu mesmo estou saindo no meu melhor momento dentro da minha paróquia, e fico feliz com isso. Acho que, a partir de agora, as mudanças deverão começar a acontecer mais frequentemente”, comentou.