VIDA URBANA
Arquidiocese inicia campanha de apoio aos refugiados venezuelanos
Igreja pede alimentos e produtos de higiene e limpeza para ajudar as famílias.
Publicado em 05/07/2018 às 12:08 | Atualizado em 05/07/2018 às 19:00
A Pastoral da Arquidiocese da Paraíba iniciou uma campanha de arrecadação de alimentos e produtos de higiene e limpeza para ajudar 44 venezuelanos que ganharam abrigo no Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste, localizado no Conde, litoral sul da Paraíba. As famílias crianças, jovens e adultos foram transferidas nesta terça-feira (4) pelo Governo Federal para a Paraíba com o propósito de reduzir o número de refugiados em Roraima.
Os interessados em colaborar com os refugiados, devem entregar os produtos no Palácio do Bispo, na Praça Dom Adauto, no Centro de João Pessoa, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30.
“Para esta missão de acolhida e ajuda aos mais necessitados, precisamos de doações. Pedimos às Paróquias, Pastorais, Movimentos, demais grupos e a todo o Povo de Deus que colaborem conosco doando alimentos não perecíveis e material de higiene pessoal e de limpeza doméstica”, pediu o arcebispo Metropolitano da Paraíba, Dom Delson.
Para o coordenador da Pastoral da Arquidiocese da Paraíba, Mons. Ivonio Cassiano, a doação é um chamado que segue as orientação de Jesus Cristo. “Estamos seguindo a tradição bíblica de acolher os exilados, os migrantes. E fazendo isso também estamos acolhendo Jesus Cristo”, destacou.
Refugiados
Os 44 imigrantes venezuelanos chegaram à Paraíba na tarde desta terça-feira (3), vindos do estado de Roraima, na região Norte do país. O coordenador da pastoral explicou que nesses abrigos, além de serem acolhidos, os imigrantes devem ser integrados ao estado, por meio de aulas de português e cursos, para que possam ingressar no mercado de trabalho paraibano.
Ao todo, foram 164 venezuelanos transferidos nesta terça; anteriormente, eles estavam vivendo em abrigos públicos em Boa Vista. O processo foi organizado pela Casa Civil com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e os voos foram custeados pelo governo federal. Os imigrantes que aceitam ser transferidos têm que se regularizar no país.
Os venezuelanos podem permanecer nos abrigos por até três meses, mas caso não consigam trabalho nesse período, o prazo de permanência pode ser revisto. Esse processo é uma tentativa de lidar com o intenso fluxo de venezuelanos que cruzam a fronteira do Brasil por Roraima fugindo do regime de Nicolás Maduro.
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