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VIDA URBANA

Árvore vira moradia em João Pessoa

Mulher de 59 anos vive embaixo de uma planta no terreno onde será construída a Acadepol e não quer sair do local

Publicado em 09/09/2011 às 7:12

Da Redação

Há 19 anos, Maria de Lourdes Martins de Oliveira, 59, mora embaixo de uma árvore no terreno onde será construída a Academia de Polícia (Acadepol), no bairro Ernesto Geisel, em João Pessoa.

Com dificuldades para andar, por causa de um atropelamento que foi vítima há dois anos, Maria de Lourdes está impossibilitada de trabalhar e vive da solidariedade de moradores da redondeza, que fornecem água e alimentos.

Maria de Lourdes relata que por conta do acidente perdeu parte da memória. Mas ela ainda lembra que veio morar no terreno porque teve desentendimentos com os familiares. Desde então, improvisou um abrigo e convive com o lixo e insetos, além da insegurança do local.

Segundo Maria de Lourdes, durante todos esses anos os agentes da Prefeitura da capital estiveram no terreno muitas vezes e tomaram conhecimento da situação. A última visita foi a cerca de um mês. “O pessoal da Prefeitura já sabe como eu vivo. Eles queriam me levar para um abrigo, mas eu não quero sair daqui. Só saio se eles me derem uma casa, mas até agora ninguém falou nada”, desabafa.

O catador de material reciclável Roberto da Silva acompanha a história de Maria de Lourdes há pelo menos 10 anos. Segundo ele, a moradora sofre ainda mais porque mora sozinha e não tem como andar para fazer o tratamento das pernas acidentadas. “É uma tristeza a situação dela. Sempre que posso, eu paro e deixo alimentos e roupas”, disse.

A assessora da Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura (Sedes), Neudja Farias, informou que a moradora é acompanhada pelo Centro de Referência Especializada de Assistência Social do município (Creas), mas, todas as vezes que a equipe chega até o local para oferecer assistência médica e prestar outros serviços, Maria de Lourdes resiste.

A assessora disse ainda que a mulher não foi incluída no programa de Auxílio Moradia porque ela não possui documentos e reluta em providenciar. “Mesmo com essa relutância da moradora, a assistência social da Prefeitura acompanha o caso”, disse.

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Jornal da Paraíba

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